Projeto Político-Pedagógico
EE LEOPOLDO DALMOLIN
PPP 2015
1 - Identificação
A Escola Estadual Leopoldo Dalmolin, localizada à Rua Carmem Barbosa Pupo, nº 843 – Centro, no município de Itaquiraí, Estado de Mato Grosso do Sul, tem como mantenedora a Secretaria de Estado de Educação. Atende ao Ensino Fundamental 1º ao 5ºano.
2 - Apresentação do PPP
Esta Unidade de Ensino visando uma Educação democrática e de qualidade apresenta o novo Projeto Pedagógico construído de forma participativa e tem como objetivo atualizar e aprimorar o que tínhamos até então. Mais uma vez ele foi elaborado a partir de sugestões e críticas da comunidade escolar e os espaços estiveram abertos a quem desejasse participar: pais, alunos, professores e servidores técnico-administrativos.
A escola pública vive hoje um momento de mudanças significativas: o Ensino Fundamental com duração de nove anos, a EJA ( Educação de Jovens e adultos) e o Ensino Médio passam por reformulações em virtude das reformas propostas pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul e pelo Ministério da Educação. Fazem-se necessárias mudanças para nos adequarmos aos novos paradigmas, que nos apresentam um mundo repleto de diferenças sociais, exclusão e trabalho muito mais competitivo e dinâmico, devido às rápidas mudanças ocasionadas pelos avanços da ciência, da tecnologia e da informação.
Assim a adaptação da escola à realidade social e inclusão do aluno é essencial.
A escola precisa ser dinâmica, flexível e atraente. Precisa estar preparada para formar cidadãos criativos e críticos e que estejam dispostos a assumir desafios.
A responsabilidade está em cada pessoa que atua na escola. Por isso ficam definidos os seguintes princípios:
- A busca da qualidade como dever e compromisso com a escola pública de forma cidadã, participativa, responsável, crítica e criativa.
- Estabelecimento de padrões básicos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidas e compromissadas com a cidadania.
- Controle de Qualidade- possibilidades de ações, técnicas e métodos diversificados, voltado para o aperfeiçoamento do trabalho docente e condições básicas para o processo ensino-aprendizagem.
- Verificação do Educador – dinamizando conteúdos, mudando e ampliando visões, abrindo alternativas constantes para o desenvolvimento profissional e social do professor e do coordenador. Oferecer oportunidades de troca de experiências e Capacitação dos Servidores da Educação para o aprimoramento da prática pedagógica.
- Equidade no Atendimento à diversidade regional e local provendo ações de maneira diretamente proporcional às necessidades individuais
Cabe a toda comunidade escolar, através da construção de uma programação coerente, viabilizar as aspirações e anseios manifestados durante o processo de construção do Marco Referencial. Fazem parte deste Projeto informações técnicas da Instituição, de seus servidores e da comunidade escolar, refletindo os anseios e o pensar de cada segmento envolvido, bem como as diretrizes propostas para a Escola neste período. Programadas as ações, todos os esforços deverão ser empreendidos para que o programado seja concretizado e que efetivamente consigamos gerar as mudanças necessárias para tornar nossa escola moderna, democrática, atraente e de qualidade – um agente de transformação, reflexão e formador de indivíduos críticos capazes de mudar a realidade em que vivem.
3 - Missão
"A Escola Construindo o seu Caminho".
A Escola Estadual Leopoldo Dalmolin, toma como ponto de partida à elaboração desta Proposta Pedagógica para a abertura de uma nova realidade, onde a qualidade de ensino será o foco principal, levando em vista sempre as Diretrizes Nacionais e Estaduais que asseguram a unidade da ação educacional, ressalta suas condições físicas e de trabalho e constrói a sua autonomia.
A escola tem como missão:
-
Aprimorar a forma de educar, formando o aluno crítico, participativo, criativo e capacitado para o exercício da cidadania.
-
Buscar novas metodologias reduzindo a evasão e a repetência.
-
Definir a verdadeira Identidade da Escola, melhorando o seu desempenho no qualificar o fazer pedagógico.
-
Oferecer condições básicas para o exercício do ensino-aprendizagem, mantendo rigorosamente o número apropriado de alunos por sala de aula como reza a Legislação vigente.
-
Fazer da Escola um ambiente belo, prazeroso e atrativo com condições físicas adequadas ao favorecimento do ensino.
-
Encaminhar procedimentos pedagógicos que venham ao encontro de necessidades ou dificuldades levantadas.
-
Avaliar e decidir coletivamente.
-
Formar cidadãos críticos reflexivos, críticos, conscientes, responsáveis, participativos, transformadores e criadores de suas próprias histórias.
-
Preparar cidadãos críticos, conscientes, participativo para a transformação da sociedade.
-
Democratizar, oportunizar o acesso ao conhecimento, resgatando o ensino de qualidade e socializando integralmente o indivíduo.
4 - Visão
A Escola Estadual Leopoldo Dalmolin, visa implantar meios que rompem com o conceito de atividade extracurricular e coloca a escola como um pólo cultural da comunidade, incorporando ao seu fazer pedagógico: artes, esportes, danças, música, ações preventivas de saúde física e mental, respeito a inclusão, diversidade e a cultura por meio de Projetos e Oficinas.
Esta escola procura ter o aluno como foco principal, procurando meios para combater a evasão, a reprova e buscando forças para desenvolver uma educação de qualidade. Queremos formar um homem que seja capaz de situar-se no tempo e no espaço, que analise, que busque e tenha opções para avaliar, interagir e transformar o mundo em que vive, apoiado pelas várias instituições no seu papel formativo educativo.
5 - Valores
Esta escola valoriza a qualidade do ensino, o trabalho de seus profissionais e a participação efetiva dos diversos segmentos da comunidade escolar, favorecendo a construção coletiva da sua ação educativa. Para tal procuramos garantir aos nossos alunos elementos como:
-
Exercício dos Direitos e Deveres e da sua Cidadania;
-
Os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestação artística e cultural.
-
Todos que têm responsabilidade de educar precisam acreditar que os alunos são capazes de aprender, respeitando as diferenças de ritmo e de nível de desenvolvimento.
-
Respeito à liberdade, a diversidade e apreço à tolerância.
-
Educação de qualidade, onde o foco principal é a aprendizagem.
-
Ambiente que favoreça os meios necessários para sua aprendizagem e permanência na escola.
-
Metodologias eficientes e atraentes visando combater a evasão e a reprova escolar.
6 - Diagnóstico
Atualmente 23,8 % dos brasileiros frequentam diariamente a escola. São mais de 2,5 milhões de professores e 45,5 milhões de estudantes matriculados em todos os níveis de ensino. Estes números apontam um crescimento no nível de escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante para a melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país.
O número de analfabetos caiu de 16,4% em 1992 para 10,9% em 2002, segundo fontes do IBGE e caiu de 10% para 9,7% entre 2008 e 2009 e no censo de 2010 reduziu para 8,7%.
Outro dado importante mostra que, em 2012, 98,2% das crianças de seis a quatorze anos frequentavam a escola. O ensino fundamental passou de 86,6% em 1992 para 97,9% em 2008, com poucas diferenças entre homens e mulheres e entre brancos e negros/pardos.
Esta queda no índice de analfabetismo deve-se, principalmente, aos maiores investimentos feitos em educação no Brasil nos últimos anos. Governos municipais, estadual e federal têm dedicado uma atenção especial a esta área. Programas de bolsa educação têm tirado milhares de crianças do trabalho infantil para ingressarem nos bancos escolares.
Em 2004, eram 153.865 moradores de Mato Grosso do Sul analfabetos. Em 2009, a quantidade subiu para 155.005, uma variação de 0,7%. Na avaliação proporcional da população, 8,7% dos sul-mato-grossenses não sabem ler e escrever, o que faz com que o Estado ocupe a 13º posição em relação às demais unidades da federação. Na ultima avaliação do Censo 2010, o Estado de Mato grosso do Sul passou a ser o sétimo estado do Brasil com menor índice de analfabetismo entre jovens, adultos e idosos, MS ainda tem 139 mil pessoas com mais de 15 anos — ou 7,6% da população na faixa etária — que não sabem ler e escrever.
Em Mato Grosso do Sul a economia está baseada na produção rural (animal, vegetal, extrativa vegetal e indústria rural), indústria, extração mineral, turismo e prestação de serviços. Mato Grosso do Sul possui um dos maiores rebanhos bovinos do país. Além da vocação agropecuária, a infra-estrutura econômica existente e a localização geográfica permitem ao estado exercer o papel de centro de redistribuição de produtos oriundos dos grandes centros consumidores para o restante da região Centro-Oeste e a região Norte do Brasil.
Itaquiraí está localizado a 380 km ao Sul de Campo Grande, micro região de Iguatemi, tem aproximadamente 18.618 habitantes sendo que 11.015 ou seja, 59,16% residem na Zona Urbana, e 7.603 na Zona Rural. Possui um IDH médio de 0,710 (PNUD/2000).
6.1 - Situação socioeconômica e educacional da comunidade
Localizado na região sul do Estado de Mato Grosso do Sul, região eminentemente agropecuária, o município de Itaquiraí se caracteriza por ter uma economia de base agropastoril, e a sua ocupação e da região se deu originariamente pela penetração de bandeirantes, sertanistas e monções que buscavam ouro, caçavam índios e se aventuravam na conquista de novas riquezas. Ao longo dos anos cinquenta e setenta consolidou-se a microrregião, dotando-se de certa homogeneidade que se expressa na produção de bens econômicos a partir da agricultura e da pecuária, atividades econômicas que ainda hoje impulsionam as demais, como o comércio.
A atividade primária é a ocupação econômica de maior relevância no Município de Itaquiraí e na microrregião. No início da década de 1970, a microrregião inicia um processo de transformação da sua economia agropecuária com a entrada de colonos agricultores que se deslocam dos estados do sul em busca de novas áreas para o cultivo da agricultura comercial, quando se verifica o início do processo de mecanização das atividades produtivas nas áreas de campos e cerrados, onde se despertava o maior interesse pela produção de soja, influenciada pela política em curso de fazer do Brasil um importante exportador de alimentos, desde então a soja vem dominando a atividade agrícola microrregional.
Na produção vegetal, o Município de Itaquiraí destaca-se pelo cultivo da lavoura comercial de grãos, onde no ano de 2004 as principais culturas (soja, milho, algodão herbáceo, mandioca e trigo), produziram aproximadamente 60.020 toneladas em uma área colhida 26.374 hectares, com destaque para a produção de soja que responde por 48,06% daquele volume e 64,30% da área, o milho vêm em segundo lugar participando com 41,67 da produção e 25.012 toneladas, colhidas em uma área de 6.210 hectares.
As atividades agrícolas e pecuárias programadas não mudarão ou não serão muito diferentes das que já estão sendo executadas. A pecuária mista se mantém com a principal atividade combinada com outras atividades econômicas como as culturas de milho, feijão, algodão e demais, que já fazem parte das atividades econômicas dos agricultores familiares As mais de 230.000 cabeças de gado bovino, criadas no Município de Itaquiraí constituem-se em um destaque econômico importante para o seu desenvolvimento.
A exploração da pecuária de corte mistura-se com a história da ocupação regional e a proximidade de outros centros produtores e de comercialização tradicionais (microrregião, São Paulo e Paraná), tem favorecido o aperfeiçoamento tecnológico e genético dos rebanhos existentes nas inúmeras propriedades destinadas à atividade.
No ano de 2003 a Pesquisa da Pecuária Municipal aponta para o município de Itaquiraí uma produção de 7.542.000 litros de leite, correspondendo a 1,57% da produção estadual (481.609.000 litros), sendo ordenhadas 6.615 vacas, o que dá uma produtividade de 1.140 litros por vaca ano ou 3,17 litros por vaca ordenhada ao dia, considerando um ano de 360 dias, colocando o município em 21º lugar entre os municípios maiores produtores de leite do Estado
A atividade de pesca natural no Rio Paraná é realizado por pescadores amadores e profissionais, que são obrigados a respeitar a cota de captura definida pelo Sistema de Controle de Pesca de Mato Grosso do Sul – SCpesca. A disponibilidade de grande potencial hídrico no município e o seu aproveitamento vem sendo incentivado pelo poder publico municipal, como mais uma oportunidade de renda, geração de emprego e ao mesmo tempo promover a preservação ambiental. A atividade se encontra em fase inicial de instalação de produção, atualmente conta com 70 piscicultores, constituídos por pequenos produtores que buscam diversificar a ocupação da propriedade introduzindo fontes alternativas de renda.
As atividades do setor estão voltadas principalmente para o comércio varejista, com mais de 114 estabelecimentos, e respondendo por 87,70% dos estabelecimentos comerciais, predominantemente no ramo de produtos alimentícios, vestuários e mobiliários.
Abatedouro de aves Frango Bello gera muitos empregos envolvendo vários setores do comércio, desde produtores rurais, vendedores, funcionários, tendo como benefício a fonte de renda de alguns munícipes de Itaquiraí.
Neste ano inicia-se uma nova fase da economia do município com a instalação de 03 empresas a partir de incentivos da administração Municipal ( ver Legislação ) e do apoio à agricultura familiar através de banco de calcário, apoio à apicultura, piscicultura. aquisição de resfriadores, distribuição de águas nos assentamentos, entre outras ações do poder público e em parcerias com os agricultores familiares, governos do Estadual e Federal. FONTE: PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE ITAQUIRAÍ
6.2 - Histórico da escola
Em meados dos anos 70, um pequeno povoado chamado Itaquiraí, Distrito de Iguatemi, necessitava de uma escola, tal necessidade se deu devido ao grande crescimento demográfico ocorrido devido ao crescimento impulsionado pelos migrantes que aqui chegaram para trabalhar nas fazendas e madereiras abrindo as matas. A escola mais próxima ficava a uma distância de sessenta quilômetros, no município de Iguatemi.
Assim, foi crida pelo Decreto Governamental n° 530 de 06 de maio de 1976, a única Escola até então, denominada Escola Estadual de 1° de Itaquiraí, e em 1978 passou a se chamar Escola Estadual de 1° Grau Leopoldo Dalmolin. O primeiro Diretor foi Nilce Duarte da Costa e a primeira Secretária foi Cícera Vilar de Almeida.
A escola foi construída em madeira, em um terreno doado pela prefeitura municipal de Iguatemi, sendo sua edificação através de doações do então morador deste distrito, o Senhor Leopoldo Dalmolin, que também era proprietário de uma Serraria e fornecia a energia elétrica para a escola, só mais tarde no ano de 1980, foi construída as novas depedências em alvenaria com recursos públicos estaduais.
A escola conta com aproximadamente 366 (centos) alunos, distribuídos em 2 (dois) turnos, funcionando 1ª - 5ª ano do Ensino Fundamental, ao total somam 14 turmas, sendo 07 no turno matutino e 07 no vespertino .
A escola conta com uma boa estrutura pedagógica no que diz respeito a recursos humanos, na direção 1(um) diretor, 1(uma) Coordenadora Pedagógica Pedagógica, 1(um) Professor Gerenciador de Recursos midiáticos da sala STE, onde atendem ao todo aos dois periodos e 23 professores, distribuídos nos dois turnos de funcionamento.
A Escola conta também com uma Sala de Recursos Multifuncional atendendo todas as deficiências.
Apesar do índice de evasão e repetência, em 2007, o nosso Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB foi de 3,7, superando o do ano de 2005 que foi de 3,2. Houve também superação a meta de 2009. Já em 2009 o IDEB avançou igualando a meta de 2011 que é de 4,0. Na última avaliação do IDEB, no ano de 2013, registramos o índice de 5,4, superando as expectativas e a atingindo a meta para o ano de 2019.
Nos deparamos com algumas dificuldades que interfere no bom andamento da escola tais como a desestrutura e mudanças na formação familiar e a negligência por parte de algumas famílias e muitas atribuição impostas ao professor, obrigando o mesmo a cumprir além da sua jornada pedagógica, prejudicando a sua vida familiar e social.
As condições do prédio é outro item que interfere no aprendizado de nossos alunos, pois faltam bibliotecas, quadra coberta com vestiário, laboratório de arte, banheiros adaptados, almoxarifado, sala de projeção de vídeo e apresentações culturais, etc. Podemos também destacar a carência de recursos para mobiliários e melhorias no prédio escolar.
6.3 - Situação física da escola
A escola funciona em prédio próprio de alvenaria, possui 07 salas de aula, medindo 6 X 8 m; banheiros masculino e feminino em péssimas condições de uso, e destacando que estes ainda não possuem as adaptações necessárias para o acesso de pessoas com necessidades especiais. Não possui um bloco administrativo específico, o mesmo funciona em locais de improviso sendo: uma sala para a direção sem recursos tecnológicos; uma sala para secretaria, com uma pequena sala improvisada para arquivo morto, não possuindo sanitários para o administrativo, criou-se um de improviso; contamos com uma sala de Tecnologias; uma sala utilizada pela coordenação sem recursos tecnológicos; uma sala pequena utilizada como almoxarifado; sala para uso dos professores, e anexo sala utilizada para atividades complementares e depósito de livros, e Coordenação de Área; e sala de Recursos Multifuncional improvisado.
A escola possui uma cozinha em condições inadequadas de uso e com um depósito em anexo, não possui área de serviço. A escola possui pátio coberto utilizado como refeitório e também para apresentações.
Possuímos também uma quadra esportiva, descoberta, em péssimo estado de conservação, não possui vestiários, não possui depósito para material esportivo e nem almoxarifado para o zelador, porém há um amplo pátio gramado para recreação.
As salas de aula conforme avaliação feita foram constatas que estão bem ventiladas contando com ar condicionado, bem iluminadas, cortinas em bom estado, conjuntos escolares necessitando, reparo e troca do material.
6.4 - Corpo docente / pedagógico / técnico / administrativo
Relação dos funcionários:
-
01 Assistente de Administração – Biologia e Direito
-
01 Assistente de Administração – Licenciada em Letras
-
01 Agente Administrativo – Licenciado em Pedagogia
-
01 Assistente de Administração - Magistério
-
01 Copeiras – Ensino Médio
-
01 Auxiliares de Serviços Diversos - Ensino Fundamental
-
01 Inspetora de alunos – Licenciada em Pedagogia
-
07 Auxiliares de Serviços Diversos – Ensino Médio
-
01 Auxiliar de Serviços Diversos – Ensino Médio incompleto
-
02 Auxiliares de Serviços Diversos – Ensino Superior Incompleto
-
01 Auxiliar de Serviços Diversos - Ensino Fundamental Incompleto
Corpo docente:
-
01 Professores – Habilitados em Letras/Pedagogia
-
01 Professores – Habilitado em Ciências Biológicas
-
01 Professores – Habilitados em Geografia/Pedagogia
-
19 Professores – Habilitado em Pedagogia
-
02 Professores – Habilitado em Educação Física
-
01 Professor – Normal Superior
-
02 Professor – Arte
1.4.1 - PERFIL DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
Corpo Docente
NOME
|
MODALIDADE DE ENSINO
|
FORMAÇÃO
|
SITUAÇÃO FUNCIONAL
|
Alda
|
Profª de apoio
|
|
|
Ana Paula Batista Marcolino
|
Regente 3º Ano
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Convocada
|
Ana Paula Mariano de Freitas
|
4º e 5º Ano Prod. Interativas e Regente 3º Ano
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Convocada
|
Carla Kariê da Fonseca Flores
|
1º,2º,3º,4º e 5º Ano
Arte
|
Arte/
Pós-Graduação
|
Efetiva
|
Edinéia de Souza Aquino Kraieski
|
Regente 2º Ano
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Convocada
|
Fernanda Aparecida Bomfim Cavallini
|
Regente 5º Ano
|
Pedagogia
|
Convocada
|
Gislaine Rosilene Ferreira
|
Profª de apoio
|
Geografia/Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Convocada
|
Ivanete Ferreira
|
Readaptada
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Efetiva
|
Ivonete Alves de Oliveira
|
Readaptada
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Efetiva
|
Izabel Aparecida de Souza
|
Readaptada
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Efetiva
|
Jeferson Donizete Frediani Prado
|
1º,2º,3º,4º e 5º Ano
Ed. Física
|
Educação Física/
Pós-Graduação
|
Convocado
|
Joelma Dias Brandão
|
Regente 2º e 4º Ano
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Convocada
|
José Aparecido Felício Farias
|
Regente 5º Ano
|
Letras/Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Efetivo
|
Lidiana Aparecida dos Santos Shuffner
|
1º,2º e 3ºAno
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Convocada
|
Lúcia de Fátima Gil A. Pontim
|
-
|
Pedagogia
|
Efetiva/Cedida ao Município
|
Luciana Jesuíno da Rocha
|
Profª de apoio
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Convocada
|
Lucilene Gomes Cunha
|
1º,2º,3º,4º e 5º Ano
Ed. Física
|
Educação Física
|
Convocada
|
Luzia da Silva
|
Regente 2º e 3º Ano
|
Pedagogia/ Letras
|
Convocada
|
Márcio Luiz Cavallini
|
PROFETEC
|
Ciências Biológicas/
Pós-Graduação
|
Convocado
|
Maria Lúcia de Lima
|
1º,2º,3º,4º e 5º Ano Raciocínio Lógico
Regente 1º Ano
|
Pedagogia/Arte
Pós-Graduação
|
Convocada
|
Marlene Kraieski
|
4º e 5º Ano
Prod. Interativas
1º,2º,3º,4º e 5º Ano
Raciocínio Lógico
|
Normal Superior/
Pós-Graduação
|
Convocada
|
Marlene Pereira Kamakura
|
Regente 1º Ano
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Efetiva
|
Mônica Alves Pereira
|
Readaptada
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Efetiva
|
Osmarina Gonzaga
|
Profª AEE
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Convocada
|
Osmira Soares da S. Barbosa
|
Licenciada
|
Pedagogia/
|
Efetiva
|
Rosane Maria Strehl de Lima
|
1°,2º,3º e 4º Ano
|
Arte
|
Convocada
|
Suzana Duarte
|
Regente 2º Anos
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Convocada
|
Zilda Guardado Simon
|
Regente 4º Ano
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Efetiva
|
Técnico-Administrativo
NOME
|
MODALIDADE DE ENSINO
|
FORMAÇÃO
|
SITUAÇÃO FUNCIONAL
|
Aparecida Oliveira dos Santos
|
Ass. Adm/Secretária
|
Magistério
|
Efetiva
|
Carlos Aparecido Martins dos Santos
|
Prof/Diretor
|
Letras/Gestão Escolar/
Pós-Graduação
|
Efetivo
|
Cleunice Nakagawa de Morais
|
Agente de Limpeza
|
Ensino Médio
|
Cedida pelo Município
|
Devanir Maria Carminatti da Silva
|
Copeira
|
Ensino Médio
|
Efetiva
|
Elizângela Aparecida Gôuveia Costa
|
Ag. Administrativo
|
Biologia/Direito
|
Efetiva
|
Elizeu da Silva Costa
|
Aux. Administrativo
|
Ens. Fundamental
|
Efetivo/Cedido para o Município
|
Eni Fátima dos Santos
|
Ag. Administrativo
|
Magistério
|
Efetiva
|
Inês Rosa Klein
|
Copeira
|
Ensino Médio
|
Efetiva
|
Ivone Aparecida Beraldo
|
Inspetora de alunos
|
Pedagogia
|
Efetiva
|
Janete Rocha Vanderlei
|
Aux. Administrativo
|
Ensino Médio
|
Efetiva
|
Lucilene Oliveira da Silva
|
Ag. Administrativo
|
Ensino Médio
|
Efetiva
|
Márcia Rosa de Araújo
|
Aux. Administrativo
|
Ensino Médio
|
Efetiva
|
Maria Aparecida dos Santos
|
Zeladora
|
Ensino Médio Incompleto
|
Cedida pelo Município
|
Maria Francisca da Silva
|
Aux. Serviços Diversos/Readaptada.
|
Ensino Médio
|
Efetiva
|
Maria Gorete Caraíba
|
Aux. Administrativo
|
Ensino Médio
|
Efetiva
|
Maria José Santana Corrêa
|
Copeira
|
Ens. Fundamental
|
Efetiva
|
Maria Lúcia Armada
|
Profª/Coordenadora
|
Pedagogia/
Pós-Graduação
|
Efetiva
|
Natalino Roberto da Silva
|
Inspetor de alunos
|
Ensino Médio
|
Cedido pelo Município
|
Odair José Maldonado Cabral
|
Inspetor de alunos
|
Ensino Superior Incompleto
|
Cedido pelo Município
|
Patrícia Gomes Soares
|
Inspetora de alunos
|
Ensino Superior Incompleto
|
Cedida pelo Município
|
Vanda Luci Fernandes Santos
|
Aux. Administrativo
|
Ensino Médio
|
Efetiva
|
6.5 - Recursos materiais e tecnológicos disponíveis e sua adequação, móveis, equipamentos e material didático.
6.5.1 – RECURSOS MATERIAIS E TECNOLÓGICOS
-
TV/Vídeo
-
Microfones e Caixa Acústica
-
Aparelho toca CD
-
Aparelho toca MP3
-
Aparelho de DVD
-
Coleções DVD fornecidos pelo MEC
-
Retro projetor
-
Data Show
-
Projetor integrado
-
Biblioteca Escolar, (pequeno acervo, mas sem espaço físico)
-
Atlas Geográficos
-
Dicionários de Língua Portuguesa e de Língua Inglesa
-
25 Computadores ( Sala de Tecnologias Educacionais)
-
1 Computadores sala dos professores.
-
3 Computadores (Sala Multifuncional)
-
3 Notebook (Sala de Tecnologias Educacionais)
-
3 Notebook (Sala Multifuncional)
-
Jogos educacionais (damas, xadrez,dominó, trilha, banco imobilário, quebra-cabeça, memória e sequência lógica)
-
Planetário.
-
Lousa Digital
-
9 tablets educacionais.
6.5.2 – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS E SUAS UTILIZAÇÕES
A escola possui um razoável acervo bibliográfico para pesquisa, possui uma pequena quantidade de fitas cassete com gravações da Tv Escola, algumas coleções de conteúdos específicos, sendo estes obsoletos , ou seja, que não estão sendo utilizados devido as novas mídias tecnológicas. Além de gravações diversas e coleções em DVD, e também vários mapas que auxiliam o trabalho do professor. Estes materiais estão disponíveis na sala dos professores porque não há outro espaço destinado à leitura e pesquisa, sendo que um aparelho de Tv e um Vídeo Cassete continuam na sala da coordenação. Além destes materiais a escola possui os seguintes materiais didáticos pedagógicos: Globos; planetário, materiais esportivos; uma réplica de anatomia do corpo humano; jogos pedagógicos; material dourado, etc.
A escola possui os seguintes equipamentos tecnológicos: 3 Televisores; 2 Vídeos Cassete; 2 Aparelhos de Som toca CD; 8 aparelhos de som MP3 com entrada USB; 1 aparelho de som com MP3, 2 caixas acústicas; 2 Microfones; 1 mesa de som; amplificador; 26 Microcomputadores, sendo 22 na STE, e 3 na Multifuncional sendo 01 destinado ao aluno com paralisia cerebral, todos conectados à internet; 1 impressora a laser; 1 impressora matricial; 3 impressoras a jato de tinta; 1 retro projetor; 2 data shows; 1 projetor integrado; 1 lousa digital, 1 Máquina Copiadora; 2 câmeras digitais; além de 2 mimeógrafos; 1 aparelho de telefone, um aparelho de fax; 3 notebook, sala Multifuncional; 1 notebook STE, e um Switch, STE, e na sala dos professores 1 microcomputador, 1 impressora Laser, 2 impressora matricial.
Os materiais tanto didáticos como tecnológicos são utilizados sempre visando à melhoria da qualidade de ensino do aluno.
6.6 - Existência de sala de recursos multifuncional.
A Escola conta também com uma Sala de Recursos Multifuncional para atendimento de todas as deficiências.
7 - Organização da escola
A escrituração e o arquivamento de documentos escolares tem como finalidade assegurar, em qualquer tempo, a verificação:
-
-
da identidade do aluno;
-
da regularidade de seus estudos;
-
da autenticidade de sua vida escolar;
Para garantia dos itens acima, além de escrituração referentes aos assentamentos individuais de professores e funcionários, os atos serão registrados em pastase on-line, fichas, livro de registro de Atas, termo de visita, ocorrências; e a organização dos arquivos será feita em ativos e passivos.
ASPECTOS LEGAIS DA ESCOLA
A Escola Estadual Leopoldo Dalmolin, foi criada pelo Decreto Governamental nº 530 de 06 de maio de 1.976, com o nome de Escola Estadual de 1º grau de Itaquiraí e recebeu nova denominação pelo Decreto Governamental nº 1293 de 30 de março de 1.978 como Escola Estadual de 1º Grau “Leopoldo Dalmolin”.
O Decreto nº 1977, de 13 de janeiro de 1.983, eleva o nível da escola, passando a denominar Escola Estadual de 1º e 2º graus Leopoldo Dalmolin.
A Deliberação/CEE nº503, de 26 de maio de 1983, autoriza o funcionamento do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
A Deliberação/CEE nº 741, de 09 de agosto de1.984, desativa a Habilitação Específica para o Magistério de 1º grau de 1ª a 4ª série e autoriza o Ensino de 2º Grau – Lei 7.044/82.
Deliberação/CEE nº 1.492, de 14 de maio de 1.987 desativa o Curso de 2º Grau – Lei 7.044/82.
Deliberação/CEE nº 1.510, de 14 de maio de 1.987, autoriza o funcionamento e Habilitação Específica para o Magistério de 1º Grau de 1ª a 4ª série.
Deliberação/CEE nº 2995, de 20 de fevereiro de 1.992, autoriza o funcionamento do Pré-Escolar.
Deliberação/CEE nº 1895, de 18 de abril de 1.988, autoriza o funcionamento de Educação Básica.
Deliberação/CEE nº 1207, de 21 de novembro de 1.985, reconhece o Ensino Fundamental.
Deliberação/CEE nº 2351, de 12 de dezembro de 1.989, reconhece o Ensino Médio.
Além destes a escola possui os seguintes atos legais:
Ensino Fundamental- Autorização Res/SED n° 1.685 de 05/01/2004.
Ensino Médio- Autorização Res/SED n°1.894 de 08/11/2005.
EJA Autorização Res/SED n° 1.923 de 02/02/2006.
LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional):
- Art. 28 – Educação Rural;
- Art. 29 – Educação Infantil;
- Art. 32 – Ensino Fundamental;
- Art. 35 – Ensino Médio;
- Art. 37 – Educação de Jovens e Adultos;
- Art. 39 – Educação Profissional;
- Art. 58 – Educação Especial.
2 – Resolução CEB nº. 3, de 26 de junho de 1998 – institui as Di1 – Lei nº. 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em especial:
- Art. 22 – Educação Básica;
- Art. retrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio;
3 - Resolução CEB nº. 2, de 7 de abril de 1998 – institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental;
4 - Decreto nº. 10.521, de 23 de outubro de 2001 – dispõe sobre a estrutura das unidades escolares da rede estadual de ensino (Revogado);
5 - Decreto nº. 10.540, de 7 de novembro de 2001 – altera a redação do Art. 27 do Decreto nº. 10.521, de 23 de outubro de 2001;
6 – Decreto nº. 12.500/2008 – dispõe sobre a estrutura das unidades escolares da rede estadual de ensino;
7 - Deliberação CEE/MS nº. 6363, de 19 de outubro de 2001 e Resolução/SED nº. 2145, de 19 de dezembro de 2007– dispõe sobre o funcionamento da Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul;
8 - Deliberação CEE/MS nº. 6767, de 25 de outubro de 2002 - dispõe sobre normas de organização, estrutura e funcionamento das Escolas Indígenas;
9 - Deliberação CEE/MS nº. 7760, de 21 de dezembro de 2004 – dispõe sobre a oferta do Ensino Religioso no Ensino Fundamental para as escolas públicas do Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul;
10 - Deliberação CEE/MS nº. 7872, de 26 de outubro de 2005 – dispõe sobre o ingresso de crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental;
11 - Deliberação CEE/MS nº. 8144, de 09 de outubro de 2006 – dispõe sobre o Ensino Fundamental, com duração de 9 (nove) anos, e matrícula obrigatória a partir dos seis anos de idade, no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul;
12 - Deliberação CEE/MS nº. 7828, de 30 de maio de 2001 – dispõe sobre a Educação Escolar dos alunos com necessidades educacionais especiais do Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul;
13 - Deliberação CEE/MS nº. 7000, de 28 de março de 2001 – estabelece normas para a Equivalência de Estudos e Revalidação de Diploma ou Certificado de Cursos realizados em país estrangeiro e dá outras providências;
14 - Deliberação CEE/MS nº. 8434, de 02 de outubro de 2007 - Dispõe sobre a oferta do ensino da Língua Espanhola na Educação Básica e suas modalidades, no Sistema Estadual de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências;
15 - Deliberação CEE/MS nº. 8408, de 11 de setembro de 2007 - Dispõe sobre a inclusão das disciplinas de Filosofia e de Sociologia no currículo do Ensino Médio e suas modalidades, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul.
16 - Deliberação CEE/MS nº. 7111, de 16 de outubro de 2003 - Dispõe sobre o funcionamento nas Escolas do Campo, no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul;
17 - Deliberação CEE/MS nº. 7844, de 02 de agosto de 2005 - Dispõe sobre os institutos da Classificação, da Aceleração de Estudos e do Avanço Escolar, que trata o artigo 24 da Lei nº 9.394/1996, para o Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul e dá outras providências;
18 - Deliberação CEE/MS nº. 6220, de 01 de junho de 2001 - Fixa normas para Cursos de Educação de Jovens e Adultos e Exames Supletivos e revoga as Deliberações CEE/MS nºs 5306/1998, 5726/2000 e 5836/2000 e dá outras providências;
19 - Deliberação CEE/MS nº. 6321, de 17 de agosto de 2001 - Fixa normas para a Educação Profissional de nível técnico para o Sistema Estadual de Ensino de MS e dá outras providências;
20 – Lei nº. 11.684, de 02 de junho de 2008 – altera o Art. 36 da Lei nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do Ensino Médio.
21 - A lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
22 - LEI Nº 3.887 DE 6 DE MAIO DE DE 2010, dispõe sobre o Programa de inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar no projeto pedagógico elaborado pelas Instituições de Ensino e dá outras providência.
23 - Lei 130/2012, o Programa Trânsito na Escola será uma atividade extracurricular ministrada em todas as escolas públicas de ensino médio do Estado.
24 - LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990, Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente que garante a privação de liberdade.
25 - LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999, Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental , proporcionando aos estudantes meios para garantir o exposto no art. 225 da Constituição Federal.
26 – LEI Nº 3726, DE 27 DE AGOSTO DE 2009, cria o Conselho Escolar Antidrogas em todos os estabelecimentos fundamental e médio de Mato Grosso do Sul e da outras providências.
27 – LEI Nº 2807, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2004, proíbe o uso de telefones celulares, walkmans, diskmans, Ipods, MP3, MP4, game boy, aparelhos portáteis de TV, agenda eletrônicas e quaisquer outros aparelhos portáteis capazes de produzir sons e ruídos nos postos de gasolina, cinemas, teatros, sala de aula, bibliotecas, salas de concertos, audiências, conferências e dá outras providências.
28 – LEI Nº 3944, DE 2 DE AGOSTO DE 2010, institui a “Semana Estadual de Conscientização e Incentivo à Preservação do Patrimônio Público Escolar” no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul.
29 – RESOLUÇÃO/SED Nº 2280, DE 15 DE OUTUBRO DE 2009, cria a Comissão Escolar de Manutenção e Conservação de Unidade Escolar – COMAC no âmbito das Escolas Estaduais.
30 – RESOLUÇÃO/SED Nº 2348, DE 13 DE JULHO DE 2010, dispõe sobre a integração do Estágio não obrigatório, na etapa do ensino médio, das unidades escolares da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA VIDA ESCOLAR
Para garantir o registro do acesso, permanência e progressão nos estudos, bem como a regularidade da vida escolar do aluno, será necessário:
-
Requerimento de matrícula;
-
Diário de Classe;
-
Fichas Descritivas, Caderno de acompanhamento diário do aproveitamento do aluno, quando for o caso;
-
Histórico Escolar/Transferência;
-
Portarias;
-
Atas de Resultados Finais.
7.a - Proposta de trabalho para medidas de melhoria da organização da escola e do desempenho
Projeto “Ouvindo as Escolas”, conforme orientações da CI número noventa de dois mil e quinze. Foi esclarecido para todos os segmentos o objetivo e importância deste trabalho. Distribuímos folhas impressas organizados por segmentos, onde cada grupo ou pessoa individualmente opinaram sobre pontos negativos desta Unidade Escolar e registraram soluções para os mesmos. Nesta mesma folha registraram também os pontos positivos.
No segundo momento os mesmos foram agrupados por segmentos, sendo o primeiro o segmento dos discentes.
Pontos negativos: Falta de ventiladores; quantidade de uniformes por aluno; instalação elétrica precária; projetor integrado danificado; mais materiais para Educação Física; aulas de música; falta de biblioteca; falta de laboratório e de Ciências; lousas; falta sala para direção e almoxarifado; inexistência de quadra para prática de esportes; banheiros; escola mais antiga de Itaquiraí e precisando de reforma; poucas salas de aula; muros velhos; poucas carteiras e velhas; sala de tecnologias adaptada, pequena e com poucos computadores; poucos funcionários; poucas lixeiras; pouco recurso por aluno para merenda.
As soluções para os problemas acima são: Instalação de ventiladores para complementar o ar condicionado; Aumentar a quantidade de uniformes para cada aluno; nova instalação elétrica capaz de suportar a energia necessária; reparo ou aquisição de novo projetor integrado; aquisição de mais materiais para Educação Física; implantação de aulas de música e construção de sala destinada para este fim; construção de biblioteca; construção de laboratório de Ciências com os equipamentos necessários para pesquisa; aquisição de lousas; construção de sala adequada para direção e almoxarifado; construção de quadra esportiva; construção de banheiros comuns e adaptados; ampliação e reforma geral da escola; contratação de funcionários; aquisição de lixeiras educativas; aquisição de carteiras; aumentar o valor do recurso destinado a merenda por aluno.
No segmento dos pais os problemas listados foram: Pouca segurança; falta brinquedoteca; falta de sinalização do trânsito na entrada e saída dos alunos; trânsito de carros no pátio da escola, necessidade de contratação de psicólogos, assistente social, psicopedagogos, nutricionista e dentista; falta corredor com cobertura na entrada até a escola.
As soluções apresentadas são: Contratação de mais inspetores e guardas; construção de brinquedoteca com equipamentos necessários; sinalizar o trânsito adequadamente; contratar os profissionais de saúde competentes para cada área; construção de corredor com boa cobertura para proteção das crianças em dias de chuva.
No seguimento dos administrativos foram registrados os seguintes pontos negativos: Falta de funcionários na cozinha e na limpeza; muitos objetos velhos e quebrados guardados e isso atrai muitos insetos e roedores; mobiliários velhos; prédio da secretaria adaptado em antiga sala de aula; desentendimento entre funcionários.
Soluções apresentadas pelo segmento dos funcionários da unidade escolar: Contratar funcionários para a cozinha e limpeza; analisar os materiais reaproveitáveis, reformá-los e descartar o restante; construção de secretaria adequada; realizar cursos de relações interpessoais e viabilizar as soluções pois segundo eles, já estão cansados de responderem questionários como este e nada mudar.
Segmento dos professores: falta lugar adequado para higienização dos alunos.
Soluções apresentadas pelos professores: construção de banheiro com pia e todos os materiais necessários para a higiene dos alunos.
Segmento gestão: Parte burocrática: licitações, compras, pagamentos, fiscalizar os trabalhos e fazer a contabilidade da escola (tudo por conta da direção).
Solução: Contratar funcionário da área contabilidade para que a direção possa se dedicar apenas ao ensino/aprendizagem.
PONTOS POSITIVOS destacados em todos os segmentos: Professores capacitados e competentes; união entre direção e docentes para atingirem os objetivos; compromisso do grupo com a aprendizagem e desenvolvimento do aluno, com foco no referencial curricular e PPP, sempre em direção à formação do cidadão ou cidadã; Acompanhamento do desenvolvimento de aluno por aluno, turma por turma através de registros e gráfico, analisados pela coordenação, direção e professores e exposto para toda a comunidade; A equipe pedagógica não mede esforços para que as salas de aulas sejam espaços atrativos e a aprendizagem seja de ótima qualidade; bom entrosamento entre os alunos pois, são da mesma faixa etária; prédio limpo; a centralização da escola; bom trabalho desenvolvido pelos professores e equipe pedagógica; merenda de boa qualidade; comprometimento dos professores, coordenadora, direção, gerenciador das tecnologias e demais funcionários; administração competente; reputação da escola; escola com ar condicionado; bom atendimento aos pais; recebimento de uniformes e kit escolar; ótimo atendimento na sala de tecnologia; qualidade do ensino e decoração da escola.
ACREDITAMOS e CONFIAMOS que esta pesquisa apresente uma solução, pois a reforma e ampliação estão sendo prometidas a muito, muito tempo.
Observação: Conforme os pontos se repetiram em todos os segmentos foram sendo descartados para não se tornarem repetitivos.
7.1 - Gestão escolar
A escola está organizada da seguinte forma: Direção, coordenação, corpo administrativo e colegiado esccolar. Conta ainda com uma boa estrutura pedagógica no que diz respeito a recursos humanos, sendo 1 (um) Coordenador Pedagógico, onde o mesmo atende a dois turnos , 01 Gerenciador de tecnologias educacionais e recursos midáticos e 23 professores distribuídos em dois turnos de funcionamento.
A Escola conta também com uma Sala de Recursos Multifuncional para atendimento de todas as deficiências.
COLEGIADO ESCOLAR
O Colegiado Escolar foi implantado através do Decreto Nº 5868 de 17 de abril de 1991, e alterado pelo Decreto nº 12.500, de 24 de janeiro de 2008, com fulcro no que dispõe na Resolução/SED nº 2.182, de 05 de agosto de 2008, é um órgão colegiado integrante da Secretaria de Estado de Educação e compõe a estrutura da Escola Estadual Leopoldo Dalmolin.
Colegiado é o órgão de caráter deliberativo, consultivo e avaliativo, nos assuntos referente à gestão pedagógica administrativa e financeira da unidade escolar, legais vigente.
O Colegiado Escolar é composto por representantes eleitos dos segmentos sendo:
I – Profissionais da Educação Básica, com 50% (cinquenta por cento) das vagas, que correspondem a:
a) 01 representantes do segmento dos professores;
b) 01 representante do segmento dos Coordenadores Pedagógicos;
c) 01 representantes do segmento dos Funcionários Administrativos.
II - Alunos e pais ou responsáveis, com 50% (cinquenta por cento) das vagas, que corresponde:
a) 02 representantes do segmento dos alunos;
b) 01 representantes do segmento dos pais.
O diretor da unidade escolar compõe o Colegiado Escolar na qualidade de membro nato e secretário executivo;
DIRETORIA DO COLEGIADO
Representante/Segmento
|
Nomes
|
Professor
|
José Aparecido Felício Farias
|
Administrativo
|
Vanda Luci Fernandes dos Santos
|
Coordenador Pedagógico
|
Maria Lúcia Armada
|
Diretor
|
Carlos Aparecido Martins dos Santos.
|
Pai ou Mãe
|
Adriana Luiza Delai
|
Aluno
|
Thiago Araújo Domingo
|
Aluno
|
Mateus Eduardo Pinto da Silva
|
GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS
Dispõe de gerenciamneto de recursos materiais e financeiros disponibilizados pela SED (Secretaria de Educação).
Recursos Financeiros recebidos: Repasse Financeiro (RF) Ensino Fundamental, Merenda Escolar (Convênio), Programa de Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
DA MATRÍCULA
Matrícula é o ato formal que vincula o educando a uma unidade escolar. A matrícula será requerida pelo interessado ou por seu responsável legal, quando de menor.
A matrícula será efetuada no 1º ano do Ensino Fundamental, a partir dos 6 (seis) anos de idade.
No ato da matrícula direção colegiada deverá dar ciência das normas desta proposta e do regimento escolar, e será exigido do interessado os seguintes documentos:
-
Requerimento assinado pelos pais ou responsável legal;
-
Cópia da certidão de nascimento, ou casamento;
-
Documento de transferência se for o caso;
-
Cartão do SUS e carteirinha de vacinação.
Quando de maior:
-
Cópia da Cédula de Identidade;
-
Cópia do Título de Eleitor;
-
Prova de cumprimento das obrigações militares, se for o caso.
Após análise da documentação acima, será deferida a matrícula pela direção.
DA TRANSFERÊNCIA
A transferência é a passagem do aluno de uma para outra unidade escolar, inclusive de pais estrangeiro, com base na equivalência e aproveitamento de estudos. Será proibida a transferência de educandos sujeitos a exames finais, exceto no caso comprovado de mudança de município.
DA FREQUÊNCIA
A frequência mínima exigida para aprovação é de 75% do total de horas letivas cursadas pelo aluno do Ensino Fundamental, a partir do deferimento de sua matrícula.
APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
O Aproveitamento de estudos é o aproveitamento dos conteúdos ou das competências obtidas pelo aluno formalmente ou informalmente, visando a continuidade de estudos. O aproveitamento de estudo dar-se-á após análise formal da ementa curricular, dos conteúdos efetivados com êxito na escola de origem.
DA ADAPTAÇÃO
A adaptação de estudos é o conjunto de atividades a serem desenvolvidas, paralelamente ao ano letivo em curso, sem prejuízo das atividades normais, para que o aluno possa seguir com proveito o novo currículo.
Quando a escola de origem não contemplar a base curricular idêntica a estabelecida nesta proposta, e não for possível a equivalência de conteúdos, em relação a anos anteriores, será exigida a adaptação de estudo, durante o ano em curso, sem prejuízo para as atividades normais.
DA CLASSIFICAÇÃO
A Classificação se dará em qualquer série ou etapa, exceto no primeiro ano do Ensino Fundamental, e será feita por:
-
Por transferência, para alunos egressos de outras escolas;
-
Independente de escolarização anterior, através de avaliação realizada pela escola, que defina conforme esta proposta o grau de desenvolvimento do educando; permitindo o posicionamento deste em série ou etapa adequada, conforme seu grau de aprendizado.
7.2 - Organização do tempo e espaço
NÚMERO DE ALUNO POR TURMA
O quantitativo de alunos por turma é de:
I – Ensino Fundamental:
a) 1° e 2° ano = 28 alunos;
b) 3° ano = 32 alunos;
c) 4° e 5° ano = 35 alunos.
Quando a constituição de turmas, deve ser observada a capacidade física da sala, respeitando a dimensão de 1.30m² por aluno.
Obs.: Quando houver educandos com necessidades educacionais especiais, o quantitativo por turmas deve ser de no máximo:
20 (vinte) educandos para o Ensino Fundamental;
|
MATUTINO |
VESPERTINO |
1ª AULA |
7:00 - 7:50 |
12:45- 13:35 |
2ª AULA |
7:50 - 8:40 |
13:35 - 14:25 |
3ª AULA |
8:40 -9:30 |
14:25 - 15:15 |
INTERVALO |
9:30 - 9:45 |
15:15 - 15:30 |
4ª AULA |
9:45 - 10:35 |
15:30 - 16:20 |
5ª AULA |
10:35 - 11:25 |
16:20 - 17:10 |
8 - Relações entre a escola e a comunidade
A interação de que trata este item só será possível se houver uma gestão colegiada. A Gestão colegiada da escola por sua vez, só é possível se houver abertura para participação dos diversos seguimentos da sociedade, nos diversos setores da gestão. Para tal a escola conta com algumas instituições escolares e sociais.
INSTITUIÇÕES ESCOLARES:
APM –Associação de Pais e Mestres
A APM tem como objetivo de congregar pais e professores e elementos da comunidade para fim de assistir e apoiar o educando e suas necessidades, bem como propiciar na formação sócio-cultural dos próprios pais, através da integração e participação da comunidade na escola e da escola na comunidade. ; além de gerir recursos financeiros destinados a escola, e angariar recursos materiais e financeiros para o bom funcionamento da mesma.
DIRETORIA DA APM
PRESIDENTE : Darci Sidnei Portela
VICE- PRESIDENTE : Virgínia do Carmo Messias Cardoso
1º SECRETÁRIO: Márcio Luiz Cavallini
1º TESOUREIRO: Ana Paula Mariano de Freitas
CONSELHO FISCAL
Presidente: Fabrícia Escorsim.
Membros efetivos: Paulo Sérgio da Silva, Eno Amaral da Silva, Sidinei Aparecido Cardim.
Membros Suplentes: Elizeu da Silva Costa, Veronice Santana.
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: Carlos Aparecido Martins dos Santos.
Secretária: Osmarina Gonzaga Ribeiro.
Conselheiros: Márcio José Mansani, Lucilene Gomes Cunha, Lidiane Martins Cassone, Silvia Patrícia Freire, Clarice Lourenço, Ricardo Fávaro Júnior e Ana Paula Batista Marcolino.
Conselho de Classe Participativo
O Conselho de classe é composto pela equipe pedagógica da escola, professores da turma, alunos e pais. Tem por finalidade principal estudar e interpretar dados referentes ao desempenho da aprendizagem do aluno, e estabelecer para tal uma relação com a prática docente em sala de aula, além fornecer meios para que a escola num todo reveja sua prática e sua função enquanto instituição de ensino. Visando para tal traçar metas, estratégias e mecanismos que visem a permanência e a progressão do aluno junto aos estudos.
Grêmio Estudantil
Atualmente a escola não possui um grêmio estudantil estruturado. O Grêmio deve ser composto por representantes dos alunos. Este quando ativo tem por objetivo tratar dos interesses dos alunos, no que diz respeito a finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais.
Formas de Interação
Para garantir uma maior participação da família e da comunidade na realidade escolar, a escola enquanto agente social criará meios para este fim, através de:
-
Duas Assembléias Gerais, sendo uma necessariamente no início do ano letivo, onde serão feitas atividades envolvendo os pais, e serão anunciadas, esta proposta e as normas escolares. Tal atividade visa entre outras coisas, criar um ambiente acolhedor, e fazer com que o pai participe mais da vida escolar de vossos filhos.
-
No primeiro semestre de cada ano letivo será reservado um dia que será denominado “Dia da Família na Escola”; este dia será um dia letivo, onde os pais serão convidados a participar do dia-a-dia de seus filhos na escola.
-
Será estabelecido um dia em calendário escolar para desenvolver atividades como: Noite Cultural e Amostra Cultural, atividades estas desenvolvidas em forma de atividades extra-classe, nunca duas atividades concomitantes em um mesmo ano letivo. Tais eventos terão como objetivo principal mostrar a produção dos educandos e abrir espaço para que a comunidade possa demonstrar algo que contribua para formação do aluno.
-
Embora a escola esteja permanentemente aberta aos pais, será viabilizados pelo menos dois encontros anuais em dias não letivos, com fins específicos de acompanhamento da vida escolar; criando oportunidade para o pai conversar com o professor, conhecer o desempenho de seu filho, e a partir daí participar ou acompanhar aprendizagem do aluno.
-
De acordo com a Lei Federal nº 10.639/03, fica o dia 20 de novembro, reservado para atividades promovidas pela escola, visando ações de conscientização e entretenimento, a fim de despertar o alunado e a comunidade local ações que contribuam para o fim das desigualdades, preconceitos e discriminação racial.
-
O dia sete de setembro fica reservado para atividades extra-classe, a fim de resgatar o civismo e promover a interação da escola com a comunidade.
-
A escola deverá manter sempre a parceria com o projeto “Amigos da Escola”, entendendo que este, visa a aproximação e a co-responsabilidade da sociedade para com a escola.
FORMAS DE CAPACITAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
A escola enquanto instituição que deve acompanhar a evolução do mundo globalizado, e os professores e funcionários como responsáveis diretos por essa transformação, devem estar em constante capacitação e aperfeiçoamento. Para tanto, esta unidade escolar viabilizará meios para que professores e funcionários estejam sempre se capacitando e se aperfeiçoando para atender a demanda educacional a que se propõe; através de:
-
Sessões de estudos, através de mecanismos como aula programada;
-
Aperfeiçoamento e capacitação promovidos por instituições especializadas, que promovem cursos como: Tv na Escola, Hora atividade, eproinfo, webconferência, Seminários, Encontros, entre outros. Para tal, quando não for possível a compatibilização de horários, a escola providenciará meios para garantir a carga horária do aluno através de reposições. Estagiários, Professores cadastrados no projeto amigo da escola, entre outras.
-
Os professores terão seus horários de aula compatíveis de forma a favorecer quando do cumprimento das horas atividades na escola, o encontro para troca de experiência entre profissionais da mesma área ou área afim.
-
Quanto aos demais funcionários, estes terão seus horários ajustados para que haja compatibilização de forma a favorecer sua formação continuada. (Respeitando legislação em vigência – Lei 1.102/90).
INSTITUIÇÕES SOCIAIS
As instituições sociais são compreendidas pelo CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social ), Prefeitura Municipal, Conselho Tutelar, Gerência Municipal de Saúde, Autoridades Locais (Polícia Militar e Civil), interação entre as outras escolas no se refere na execução do calendário escolar, acordo entre diretores para fins pedagógicos e outros assuntos relacionados à mesma, e a escola mantem boas relações com a SED na articulação do andamento do processo ensino aprendizagem e propiciando interação entre direção e órgão central.
9 - Concepções teóricas
EDUCAÇÃO, ESCOLA E CURRÍCULO.
A escola hoje é considerada um espaço privilegiado de socialização e produção de conhecimento. Na sociedade contemporânea, essa instituição social assume uma função essencial na formação do homem e na transmissão de todo o conhecimento historicamente acumulado.
O mundo globalizado, resultante das transformações sociais, econômicas e políticas, produz informações que circulam de forma muito rápida e em grande quantidade, exigindo do indivíduo uma formação ampla e flexível que lhe permita fazer parte de todas as relações estabelecidas socialmente e, com isso, integrar-se ao mundo do trabalho, vivenciar uma cidadania crítica e reconhecer a importância das práticas sociais.
No decorrer dos tempos, todas as mudanças ocorridas na sociedade colaboram para a conquista da educação como um direito social, por meio da instituição escola. Nesse sentido, a educação passa a ser um instrumento de socialização dos indivíduos, de acordo com valores e padrões culturais, possibilitando a difusão dos conhecimentos acumulados pelas sociedades.
A educação escolar, comprometida com os instrumentos de socialização de seus estudantes, atende a alguns pressupostos de qualidade social em seu oferecimento, pautados no desenvolvimento de competências para a vida em sociedade, no atendimento à diversidade e à igualdade de direito na participação e acesso aos bens culturais.
Com essa perspectiva de educação, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul propõe um currículo em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Resolução CNE/CEB n. 4, de 13/07/2010), que contempla todos os aspectos essenciais para a formação dos estudantes.
Os objetivos que a educação básica busca efetivar convergem para um currículo a ser implementado pelas escolas da Rede Estadual de Ensino, de forma relevante e pertinente ao contexto social em que estão inseridas. Deve, ainda, contemplar o desenvolvimento pleno dos indivíduos em sua formação, dando-lhes acesso ao trabalho e ao exercício da cidadania, além de levar o estudante a compreender a realidade por meio de suas experiências e das práticas realizadas no ambiente escolar.
O currículo é um instrumento que dimensiona o trabalho pedagógico a ser compreendido e desenvolvido por todos aqueles que fazem parte do processo de ensino e de aprendizagem, na intenção de organizar e efetivar o processo educativo, em conformidade com as etapas e modalidades da educação básica. Dessa forma, as etapas da educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e as diversas modalidades, num conjunto orgânico e sequencial, devem articular-se.
Na organização do currículo das escolas da educação básica, além de valores de interesse social, é preciso assegurar “entendimento do currículo como experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes com os conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para construir as identidades dos educandos” (Resolução CNE/CEB n. 4, de 13/07/2010, p. 4-5).
Na educação básica, o educando é o centro da formação educativa. Assim, faz-se necessário considerar as dimensões do educar e do cuidar, resgatando a função social da escola que está além da veiculação do conhecimento científico, mas também a formação do estudante na sua essência humana.
De modo flexível e variado, conforme o Projeto Político-Pedagógico da escola, o currículo pode ser organizado de maneira aberta e contextualizada, tendo como base os seguintes princípios:
a) considerar diferentes concepções e organizações de tempos e espaços físicos e curriculares;
b) ampliar e diversificar o currículo por meio de responsabilidade compartilhada com outros segmentos da sociedade;
c) adotar uma abordagem didático-pedagógica interdisciplinar e transversal, que busque superar a fragmentação das áreas,visando ao caráter integrador dos conteúdos, o que torna a aquisição do conhecimento mais significativa;
d) articular o desenvolvimento do conjunto de atividades educativas com os diferentes campos do conhecimento;
e) obter gestão centrada na abordagem interdisciplinar (tempo do trabalho docente e espaço de desenvolvimento das atividades);
f) concretizar o trabalho pedagógico por temas e eixos temáticos; g) utilizar recursos tecnológicos de informação e comunicação no cotidiano escolar;
h) constituir redes de aprendizagem.
As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (2010) definem princípios, fundamentos e procedimentos de elaboração e implementação dos currículos para os estados, dando destaque à interdisciplinaridade, à contextualização e à transversalidade como formas de organização do trabalho pedagógico escolar.
A interdisciplinaridade pressupõe a organização coletiva e cooperativa do trabalho pedagógico, sendo entendida como uma abordagem teórico-metodológica que objetiva a integração das diferentes áreas do conhecimento.
Para ampliar as inúmeras possibilidades de interação entre as disciplinas e áreas nas quais venham a ser agrupada, a interdisciplinaridade pode associar-se à contextualização e ambas serem utilizadas como recursos complementares. A contextualização visa respeitar e considerar as experiências do educando, dando a ele suporte para desenvolver sua capacidade de produzir, criar, e não apenas de repetir.
Temas considerados transversais abrem espaço para a inclusão de saberes extra escolares, possibilitando a referência a sistemas de significados construídos na realidade dos estudantes. Nessa perspectiva, a transversalidade é uma forma de organização do trabalho pedagógico, em que temas e eixos são integrados às áreas e seus componentes curriculares.
Na prática pedagógica, interdisciplinaridade e transversalidade complementam-se, visto que o tratamento das questões advindas dos temas transversais expõe as inter-relações entre os objetos de conhecimento, de forma que é impossível fazer um trabalho pautado na transversalidade, tomando-se uma perspectiva disciplinar rígida.
Com as transformações, pelas qual a sociedade passa, as formas de produção e aquisição dos saberes também se modificam. Cabe, então, ao professor o compromisso de mediar à construção do processo de conceituação, a ser apropriado pelos alunos, efetivando a promoção da aprendizagem, o desenvolvimento de habilidades e competências para que eles participem ativamente da sociedade. Assim, é tarefa do professor desenvolver situações de aprendizagem diferenciadas e estimular a articulação entre saberes e competências.
A competência permite a mobilização de conhecimentos, atitudes e capacidades para que se possa enfrentar determinada situação, selecionando recursos no momento e na forma adequada. Implica, também, a mobilização de esquemas que se possui para desenvolver respostas inéditas, criativas e efetivas para problemas novos.
É importante ressaltar que as competências não eliminam os conteúdos; elas direcionam a seleção, visto que o importante não é a quantidade de informações, mas a capacidade de lidar com elas. As competências são princípios ativos que mobilizam os indivíduos à ação e que abrem espaço para a reflexão teórico-metodológica contínua pelos professores sobre quais as finalidades do trabalho pedagógico efetuado em sala de aula.
Os conteúdos que compõem o currículo escolar são recursos que os estudantes têm para participar ativamente da vida em sociedade e as habilidades que desenvolvem permitem-lhes agir sobre tais conteúdos. Habilidades são historicamente produzidas pelos sujeitos e constroem-se nas relações sociais; estão não só ligadas às diversas áreas do conhecimento, mas também ligadas à vida e à formação de valores imprescindíveis à convivência em sociedade.
O currículo da educação básica é constituído por uma base nacional comum, traduzida por conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente e expressos nas políticas públicas e uma parte diversificada, que complementa e enriquece a base nacional comum, bem como contempla as características regionais e locais onde se processa o ensino.
A concepção de currículo deve estar expressa no Projeto Político-Pedagógico da escola, sendo esse o principal documento orientador das ações a serem realizadas. Sua elaboração conta com a participação efetiva de todos os envolvidos no trabalho escolar e objetiva a ordenação pedagógica das relações escolares.
9.1 ENSINO FUNDAMENTAL
O ensino fundamental, etapa obrigatória da educação básica, deve assegurar o acesso ao conhecimento e aos elementos culturais imprescindíveis para a vida em sociedade, independentemente da diversidade dos educandos. A educação nessa etapa de ensino deve favorecer o desenvolvimento de valores, atitudes e habilidades que garantam formação mínima para a vida pessoal, social e política.
Os anos iniciais do ensino fundamental, especialmente o primeiro ano, devem dar continuidade aos objetivos da educação infantil e, por conseguinte, ampliar e intensificar, gradativamente até os anos finais, o processo educativo, a partir dos seguintes objetivos:
a) domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
b) alfabetização nos dois primeiros anos;
c) compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura e dos valores em que se fundamenta a organização da sociedade;
d) desenvolvimento da capacidade de aprendizagem;
e) fortalecimento do comportamento solidário e de respeito recíproco.
As áreas do conhecimento no ensino fundamental reportam-se aos seguintes componentes curriculares:
1) Linguagem (Língua Portuguesa, Língua Materna, para populações indígenas, Língua Estrangeira Moderna, Arte e Educação Física);
2) Matemática;
3) Ciências da Natureza;
4) Ciências Humanas (História e Geografia) e Ensino Religioso.
As áreas do conhecimento e os componentes curriculares no ensino fundamental devem articular em seus conteúdos a abordagem de temas abrangentes e contemporâneos. Temas como direitos da criança e do adolescente, meio ambiente, trabalho, ciências e tecnologia, diversidade cultural e outros devem permear o desenvolvimento dos conteúdos de maneira transversal, tanto da base nacional comum como da parte diversificada do currículo.
9.1.1 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A sociedade atual, extremamente grafocêntrica, isto é, centrada na escrita, exige o saber utilizar a linguagem escrita nas situações em que essa é necessária, lendo e produzindo textos com competência.
Portanto, para a utilização da linguagem escrita, para ler e escrever textos é fundamental passar pelo processo de alfabetização, pois segundo Soares (1998, p. 47), “Alfabetização é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever, e letramento é o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita”.
Conforme Soares:
[...] ao olharmos historicamente para as últimas décadas, poderá observar que o termo alfabetização, sempre entendido de uma forma restrita como aprendizagem do sistema da escrita, foi ampliado. Já não basta aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso para ir além da alfabetização funcional (denominação dada às pessoas que foram alfabetizadas, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita) (SOARES. 2003 p. 3).
A alfabetização se dá num momento limitado da vida do educando, em que esse irá apenas decodificar o código da escrita. De modo mais amplo, porém simultâneo, ocorre o letramento, pelo qual, além de decodificar os códigos, o educando fará a interpretação do texto lido e a partir daí estabelecer relações com o seu cotidiano. Dessa forma, o letramento, diferentemente da alfabetização, dá-se de modo mais amplo, para toda a vida.
O letramento constitui-se na ampliação do conceito de alfabetização, em que o indivíduo passa a utilizar a linguagem escrita como ferramenta da prática social. O termo letramento pode ser entendido como o conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito.
Oliveira exemplifica o processo de aprendizado relacionado ao grupo cultural ou social do indivíduo, em que o mesmo proporciona interações e aprendizado significativos:
Podemos pensar, por exemplo, num indivíduo que vive num grupo cultural isolado que não dispõe de um sistema de escrita. Se continuar isolado nesse meio cultural que desconhece a escrita, esse indivíduo jamais será alfabetizado. Isto é, só o processo de aprendizado da leitura e da escrita (desencadeado num determinado ambiente sociocultural onde isso seja possível) é que poderia despertar os processos de desenvolvimento internos do indivíduo que permitiam a aquisição da leitura e da escrita. Confirmando o mesmo fenômeno, podemos supor que se esse indivíduo, por alguma razão, deixasse seu grupo de origem e passasse a viver num ambiente letrado, poderia ser submetido a um processo de alfabetização e seu desenvolvimento seria alterado (OLIVEIRA, 1993, p. 56-57).
O fator biológico e social da educação, a intervenção pedagógica ou a mediação, o brincar durante a aprendizagem, a imaginação, a fantasia, a memória e a zona de desenvolvimento proximal são fatores fundamentais do desenvolvimento para a aprendizagem da leitura e escrita.
Vygotsky assim discorre sobre a “Zona de Desenvolvimento Proximal”:
Ela é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes (VYGOTSKY, 1991, p.97).
Portanto, alfabetizar letrando é um desafio permanente; implica refletir sobre as práticas e as concepções adotadas ao iniciarmos os alunos no universo da escrita e da leitura. Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, pois o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita. Conforme Soares, a alfabetização e o letramento são indissociáveis:
Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco no quadro das atuais concepções psicológicas, linguísticas e psicolinguísticas de leitura e escrita. A entrada da criança e do adulto analfabeto no mundo da escrita ocorre simultaneamente por dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividade de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento (SOARES, 2003, p. 3).
Um dos maiores desafios aos professores alfabetizadores tem sido acompanhar os conhecimentos científicos e atualizados de como o cérebro processa o aprendizado da leitura e a aquisição do sistema convencional da escrita; utilizar-se dessa informação para escolher determinadas estratégias e processar esses conhecimentos para facilitar o ensino da leitura.
Um componente de processamento do aprendizado da leitura é a “Consciência Fonológica”, que se traduz como a capacidade de refletir sobre os sons da fala e identificar seus correspondentes gráficos. O trabalho com a consciência fonológica pode desenvolver-se por meio de jogos, poesias, cantigas, parlendas, atividades com textos rimados, etc., brincando e refletindo de forma lúdica sobre as relações letra/som.
Mediante o exposto, faz-se necessário que os docentes reflitam sobre o papel do contato dos alunos com diferentes textos, em atividades de leitura e escrita realizadas dentro e fora da escola. Entretanto, os textos precisam ser selecionados e devem ter significado; as atividades de leitura e escrita precisam ter sentido. Não se escreve sobre o nada, mas sobre o que se conhece, sente e pensa. Não se escreve para treinar habilidades de escrita, mas para registrar, comunicar, informar, dentre outras funções. Não se lê para decodificar sons e letras, mas para sentir prazer, para informar-se, conhecer outros mundos e outras explicações da realidade, dentre os múltiplos objetivos que a leitura propicia. Por outro lado, deve-se levar em conta que o contato com a diversidade textual por si só, sem mediação docente, não garante que os alunos se alfabetizem, isto é, que se apropriem do sistema de escrita alfabética.
Segundo Soares (2003, p. 3), “a criança precisa ser alfabetizada com material escrito de qualidade”, utilizando-se de jornais, revistas e livros.
É escrevendo e lendo com sentido que os alunos constroem habilidades de leitura e de escrita, tornando-se sujeitos letrados. É agindo sobre a escrita, a partir de conhecimentos já construídos e de novas informações e reflexões, que os conhecimentos são ampliados. Para tanto, é preciso reconhecer e compreender que a alfabetização e letramento devem caminhar juntos, em harmonia, num processo real de inclusão social, cultural e política.
9.1.2 Brincar, estudar e aprender
A brincadeira é o campo no qual a fantasia se revela com maior plenitude e transcorre integralmente dentro de seus próprios limites, pois além de não minar o sentimento de realidade, ela desenvolve e exercita todas as habilidades e reações que servem à elaboração desse sentimento.
Para Vygotsky (2004, p. 146) “em nenhum período da vida a criança aprende tanto quanto nos anos dos seus brinquedos infantis”.
O sentido da vida de uma criança é a brincadeira. Ao brincar ela reproduz situações concretas, transformando os conhecimentos que já possui em conceitos gerais, contribuindo assim para a interiorização de determinados modelos de adultos. As brincadeiras são reflexos da imitação de alguém ou de algo conhecido, experiências vividas, cenas da TV, cinema ou narradas em livros.
Para a criança, a brincadeira não é apenas um passatempo. Seus jogos estão relacionados com um aprendizado fundamental, seu conhecimento de mundo vivenciado por suas próprias emoções. Por meio dos jogos, cada criança cria uma série de indagações a respeito da vida.
As mesmas que mais tarde, na fase adulta, ela voltará a descobrir e ordenar por meio do raciocínio.
É ilustrativa a referência que Vygotsky faz sobre a brincadeira infantil:
[...] foi por acaso que K. N. Kornílov tomou como epígrafe de seu estudo sobre a psicologia da brincadeira infantil com bonecas as palavras de Rabindranat Tagore: “De onde eu vim, onde tu me encontraste?”, perguntou uma criancinha à mãe. Ela respondeu meio chorando, meio sorrindo, apertando a criancinha ao peito: “Tu estavas escondida no meu coração como desejo, meu querido. Tu estavas nas bonecas das minhas brincadeiras infantis” (VYGOTSKY, 2004, p. 211).
Portanto, as brincadeiras infantis e os desejos internalizados, nessas situações lúdicas, podem se tornar realidade no mundo adulto.
Os estudos da psicologia, baseados numa visão histórica e social dos processos de desenvolvimento infantil, apontam que o brincar é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem. De acordo com Vygotsky (1987), o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.
E, para brincar, a criança imagina e guarda memórias. A função básica da imaginação é organizar formas de comportamento jamais encontradas nas experiências do homem; a função da memória consiste em organizar a experiência para formas que mais ou menos repetem o que já houve antes.
Tudo o que conhecemos do que não houve na nossa experiência, nós o fazemos por meio da imaginação; portanto, o professor deve ter a certeza de que na experiência pessoal da criança estão presentes todos os elementos dos quais deve ser construída a necessária concepção de um novo objeto. Por exemplo, se quisermos suscitar no educando uma representação do deserto do Saara, devemos ter a certeza de que em sua experiência real todos os elementos, dos quais essa representação necessita, estão presentes: esterilidade, arenosidade, imensidão, aridez e calor são elementos que devem estar associados uns aos outros, baseando-se na experiência imediata da criança.
O ensino fundamental de nove anos tem por objetivo que todas as crianças de seis anos estejam matriculadas na escola, aumentando assim o número de crianças incluídas no sistema educacional, não podendo constituir-se em medida meramente administrativa. À escola e ao professor que receberá esse educando cabe o cuidado no processo de desenvolvimento e aprendizagem, o conhecimento de suas características etárias, sociais e psicológicas e orientações pedagógicas que venham atender a essas características.
Um dos aspectos no atendimento a essas características refere-se à ludicidade, pois quando os alunos são observados brincando, é possível conhecê-los melhor no âmbito escolar e fora dele, isso porque o processo do brincar referencia-se naquilo que os sujeitos conhecem e vivenciam. Além disso, possibilita: a) aprender a olhar as coisas de maneiras diferentes, atribuindo novos significados ao universo simbólico; b) estabelecer relação entre os objetos físicos e sociais; c) coordenar as ações individuais com as dos parceiros; d) organizar novas realidades a partir de planos imaginados por meio de ações individuais e coletivas que contribuam para o desenvolvimento do processo de constituição de conhecimentos.
A capacidade de imaginar, de ultrapassar, de estabelecer novas relações, de inverter a ordem, de articular passado, presente e futuro potencializam as possibilidades de aprender sobre o mundo em que vivemos.
Esse brincar deve compor o cenário escolar na prática pedagógica, sendo pressuposto para o desenvolvimento das diversas potencialidades dos alunos. Não quer dizer que o professor deva fazer da sala de aula um parque de diversões, tampouco um ambiente ríspido e pouco acolhedor. Todas as ações, inclusive as brincadeiras propostas, devem ser planejadas para que o lúdico seja fator determinante na aprendizagem das crianças e não mero momento de descontração, mas atividade que se articula no processo de ensino e de aprendizagem.
9.1.3 INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: DESAFIOS AOS EDUCADORES
O ensino fundamental é uma das etapas da educação básica que tem como maior desafio sua articulação com a educação infantil e com o ensino médio, assim como a necessária integração entre os seus anos iniciais e finais.
Sistematizar conhecimentos, criar estratégias didático-pedagógicas que possibilitem aos estudantes estruturarem conceitos, bem como, conforme o desenvolvimento próprio de cada faixa etária, evoluir das operações concretas às abstratas do raciocínio são importantes práticas de articulação entre o ensino fundamental e o ensino médio.
Segundo Vygotsky “na adolescência há uma ampliação da capacidade de abstração” (apud Corti e Souza, 2004, p. 33); essa ampliação reflete em transformações no modo como os alunos aprendem e nos seus interesses. Convém ressaltar o cuidado necessário no trato com os alunos oriundos do 5º ano, devido às mudanças desse ano em relação ao 6º ano, como: aumento do número de professores, aumento do número de componentes curriculares, distanciamento do vínculo professor-aluno em função do número de aulas, diferentes formas de tratamento dos conteúdos pelos professores e de formas de estudar exigidas aos estudantes, dentre outras.
A transição vivida pelo estudante dos anos iniciais do ensino fundamental para os anos finais requer da escola e dos docentes ações que minimizem o impacto das alterações decorrentes dessa passagem e auxiliem os estudantes a se adaptarem gradativamente a novos contextos. Para tanto, a adolescência deve ser tratada como uma continuidade da infância e não como uma ruptura, assim como a articulação entre os anos no decorrer do ensino fundamental requer uma organização do trabalho pedagógico de forma planejada em continuidade,para que os estudantes prossigam aprendendo num crescente, sem rupturas. Refletir sobre as implicações desse processo, principalmente na relação professor-aluno e na forma como os conteúdos são trabalhados em sala, é essencial para o pleno desenvolvimento dos estudantes.
A Resolução CNE/CEB n. 4, de 13 de julho de 2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, em seu artigo 20, orienta:
O respeito aos educandos e a seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários é um princípio orientador de toda a ação educativa, sendo responsabilidade dos sistemas a criação de condições para que crianças, adolescentes, jovens e adultos, com sua diversidade, tenham a oportunidade de receber a formação que corresponda à idade própria de percurso escolar (BRASIL, 2010).
A organização dos primeiros anos do ensino fundamental em articulação com os anos finais, e esses com o primeiro ano do ensino médio, exige rigor das estratégias pedagógicas de operacionalização do currículo. Considerar a diversidade dos estudantes e seu universo de interesses exige dos educadores uma postura reflexiva do seu fazer, bem como a revisão da concepção linear de aprendizagem, da fragmentação de um currículo com pouco significado e do estabelecimento de sequências rígidas de conhecimentos.
Buscar uma relação dialógica entre as vivências dos estudantes, quando do desenvolvimento das atividades escolares, em diferentes anos ou, ainda, de diferentes etapas da educação básica, requer dos professores constantes movimentos de renovação pedagógica. Cada ano escolar do ensino fundamental não pode ser considerado distintamente, mas deve ser organicamente planejado e gerido pelos professores. Nesse sentido, as tecnologias de informação e comunicação são importantes elementos que ajudam na operacionalização articulada do currículo, desde a educação infantil até o ensino médio.
É necessário, também, que se construam estratégias de recuperação dos vínculos de aprendizagem quando os estudantes apresentam dificuldades, com vistas a garantir sucesso nos anos escolares sem deixar instalar a desmotivação para prosseguimento nos anos subsequentes, nos diferentes contextos de aprendizagem com os quais se defrontarem. Combater a exclusão consiste, também, em assegurar que todos tenham, efetivamente, direito a uma educação qualitativamente idealizada, estruturada e planejada para o jovem.
Os estudantes dos 6º e dos 7º anos do ensino fundamental, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que se encontram por volta dos onze ou doze anos de idade, tomam a si próprios como referência ao analisar um problema que lhes é colocado em questão. Ajudá-los a ampliar suas investigações e as formas de ver o mundo, constituem-se em ricos contextos de aprendizagem, visto que contribui para que os estudantes desenvolvam novas capacidades de ler e interpretar a realidade, descentrando-se da própria imagem, evolução importante do pensamento adolescente. Esta ampliação da capacidade de pensar também pode ser considerada uma das metas de grande alcance no ensino fundamental, se levadas em conta às competências a serem desenvolvidas ao longo do percurso curricular na educação básica.
Nos dois últimos anos do ensino fundamental, o espaço escolar ganha novos significados, quando as trocas subjetivas, a vivência de conflitos e os esforços vividos pelos estudantes, na resolução de situações-problemas do cotidiano pedagógico, constituem-se em modelos positivos de referência aos jovens no enfrentamento futuro de questões de maior amplitude no universo das relações sociais mais amplas. Conforme explica Dayrell:
Nesse cotidiano, o jovem aluno vivencia a ambiguidade entre seguir as regras escolares e cumprir as demandas exigidas pelos docentes, orientadas pela visão do “bom aluno”, e, ao mesmo tempo, afirmar a subjetividade juvenil por meio de interações, posturas e valores que orientam a ação do seu grupo. Essa tensão revela a busca do jovem em integrar-se ao sistema e, ao mesmo tempo, afirmar a sua individualidade, como sujeito, utilizando as mais variadas estratégias (DAYRELL, 2007, p. 1121).
Um trabalho pedagógico contextualizado e interdisciplinar se constitui num campo privilegiado para promover estudos orientados para questões sociais atuais e de interesse do universo adolescente, que permitirão aos estudantes do ensino fundamental ser envolvidos em debates e reflexões imprescindíveis para o seu desenvolvimento pessoal e social, bem como manter-lhes o interesse e a motivação para a vida estudantil.
Há que se ter o esforço do corpo docente, apoiado pela equipe gestora escolar e por outros segmentos coparticipantes do Projeto Político-Pedagógico de cada escola, no que tange a criar um espaço escolar menos seletivo e mais inclusivo, que considere o direito do estudante ao seu pleno desenvolvimento na vivência e convivência entre colegas, na permanência, na conclusão com sucesso de cada ano letivo e na continuidade dos seus estudos nas etapas que seguirão.
9.2 FORMAÇÃO CIDADÃ
A inclusão da cidadania enquanto temática trabalhada na educação chega ao currículo das escolas brasileiras em um momento de redemocratização do país. A Constituição Brasileira de 1988 trata a educação como um “direito de todos e dever do Estado e da família, e será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando a um pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (art. 205). Em consonância à Constituição, a LDB, de 1996 traz a cidadania como finalidade da educação básica; é a partir dessa proposta que a educação escolar passa a tratar a formação para a cidadania como essencial, enquanto possibilidade de acesso ao conjunto de direitos sociais e humanos inerentes a toda pessoa.
O ambiente escolar é considerado um espaço privilegiado para o exercício da cidadania entre os jovens, uma vez que nele ocorre a possibilidade de vivenciar situações cotidianas que permitam trabalhar o respeito às diversidades, por meio da tolerância, da compreensão, da solidariedade e da participação democrática enquanto princípios básicos para a realização dos direitos e deveres de todo cidadão e valores que permitam a convivência social. A educação voltada para a formação cidadã deve assegurar um tratamento de respeito e ética a todos, ensinando a valoração estabelecida nas relações quanto a identidades e estilos de vida.
A escola é um local que reproduz a sociedade em que está inserida, portanto é nela que se verifica situações de violência, agressividade, falta de interesse, indisciplina e desrespeito entre as pessoas de seu convívio. Nesse sentido, torna-se fundamental que a escola planeje e organize atividades diferenciadas para o enfrentamento das questões que os estudantes deparam durante sua trajetória de formação no ensino médio para a formação em cidadania. Além disso, é necessário também que a escola estabeleça vínculos entre família e comunidade, com vistas a discutir e propor alternativas de encaminhamento do trabalho pedagógico. Com isso, pode-se proporcionar atividades escolares para formação dos estudantes do ensino médio não apenas para a autonomia intelectual, mas também para que possam entender e formular seus próprios juízos de valores perante as diferentes circunstâncias de sua vida.
9.3 - EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Existe uma estória que foi construída em torno da dor da diferença: a criança que se sente não bem igual às outras, por alguma marca no seu corpo, na maneira de ser... Esta, eu bem sei, é estória para ser contada também para os pais. Eles também sentem a dor dentro dos olhos. Alguns dos diálogos foram tirados da vida real.
Ela lida com algo que dói muito: não é a diferença em si mesma, mas o ar de espanto que a criança percebe nos olhos dos outros [...].
O medo dos olhos dos outros é sentimento universal. Todos gostaríamos de olhos mansos...
A diferença não é resolvida de forma triunfante, como na estória do Patinho Feio.
O que muda não é a diferença. São os olhos...
Rubem Alves, 1987.
O movimento da inclusão pressupõe uma reflexão sobre a educação para todos, tendo em vista que uma escola deve atender de forma plena suas demandas socioculturais, provocando mudanças em seu espaço e na formação docente, sendo necessário garantir a satisfação das necessidades básicas de aprendizagem de todos, pois conforme preconiza a Declaração Mundial sobre Educação para Todos:
Cada pessoa - criança, jovem ou adulto - deve estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. Essas necessidades compreendem tanto os instrumentos essenciais para a aprendizagem (como a leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas), quanto os conteúdos básicos da aprendizagem (como conhecimentos, habilidades, valores e atitudes), necessários para que os seres humanos possam sobreviver desenvolver plenamente suas potencialidades, viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, tomar decisões fundamentadas e continuar aprendendo (BRASIL, 1990, p. 3).
Quando falamos de todos, incluímos as pessoas que compõem as minorias étnicas, linguísticas, religiosas, desacatados sociais e deficientes. Dessa forma, o processo de inclusão requer responsabilidade e “amadurecimento que exige tempo, experiências e vivências e que aqueles que já alcançaram um maior desenvolvimento emocional e maior conhecimento sobre as capacidades e limites do ser humano sejam responsáveis por ajudar a todos os outros” (AMIRALIAN, 2009, p. 23-24).
Nessa perspectiva, a educação especial é uma modalidade de ensino transversal a todos os níveis, etapas e modalidades. Na perspectiva da educação inclusiva, propõe às escolas o desafio de construir coletivamente condições para atender bem a diversidade de seus estudantes, garantindo o acesso, a permanência e a aprendizagem no ensino regular, disponibilizando recursos, serviços e atendimento educacional especializado, investindo na formação continuada de professores e demais profissionais da educação, buscando a participação da família e da comunidade, disponibilizando acessibilidade arquitetônica, nos mobiliários, nas comunicações e informação e estabelecendo articulação intersetorial na implementação das políticas públicas. Conforme assegura a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, são considerados estudantes com necessidades específicas aqueles que apresentam:
Deficiências: com impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais em interação com diversas barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Altas habilidades/superdotação: aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse (BRASIL, 2008, p. 9).
Assim, assegurar condições de acesso à escola comum não é garantia de participação e aprendizagem dos estudantes com necessidades específicas; é necessário reconhecer as diferenças dos estudantes no processo educativo, criando estratégias e práticas pedagógicas diferenciadas que garantam a participação de todos. Também é necessário conhecer o estudante de forma holística e iniciar o processo de ensino e de aprendizagem partindo de suas potencialidades, considerando seu ritmo, criando possibilidades de aprendizagem e necessidades específicas, pois:
A educação inclusiva concebe a escola como um espaço para todos, no qual os alunos constroem o conhecimento segundo suas capacidades, expressam suas ideias livremente, participam ativamente das tarefas de ensino e se desenvolvem como cidadãos, nas suas diferenças (ROPOLI, 2010, p. 8).
Portanto, a inclusão educacional desses estudantes exige mudanças de paradigmas, de práticas pedagógicas, da formação de professores e do espaço escolar, sendo integrada ao Projeto Político-Pedagógico da escola comum.
O Projeto Político-Pedagógico permite que a escola tenha proposta construída e administrada por uma gestão democrática e que o professor tenha autonomia para organizar a sua prática de forma democrática. Uma gestão escolar democrática parte da premissa na qual o professor tem a liberdade de exercer a ética profissional e organizar o seu fazer pedagógico de forma respeitosa. Nesse sentido:
Fazem à diferença: o modo de trabalhar os conteúdos com os alunos, a forma de sugerir a realização de atividades na sala de aula; o controle disciplinar; a interação dos alunos nas tarefas escolares; a sistematização do AEE no contra turno; a divisão do horário; a forma de planejar com os alunos; a avaliação da execução das atividades de forma interativa (SANTOS, 2010, p.13).
Assim, no Projeto Político-Pedagógico da escola deverão constar acompanhamento e avaliação dos recursos e estratégias pedagógicas e de acessibilidade utilizados no processo de escolarização e aspectos do seu funcionamento, como:
Carga horária para os alunos do AEE¹, individual ou em pequenos grupos, de acordo com as necessidades educacionais específicas; espaço físico com condições de acessibilidade e materiais pedagógicos para as atividades do AEE¹; professores com formação para atuação nas salas de recursos multifuncionais; profissionais de apoio às atividades da vida diária e para a acessibilidade nas comunicações e informações, quando necessário; articulação entre os professores da educação especial e do ensino regular e a formação continuada de toda a equipe escolar; participação das famílias e interface com os demais serviços públicos de saúde, assistência, entre outros necessários; oferta de vagas no AEE¹ para alunos matriculados no ensino regular da própria escola e de outras escolas da rede pública, conforme demanda; Registro anual no Censo Escolar MEC/INEP das matrículas no AEE¹ (BRASIL, 2010, p. 8).
Nessa perspectiva, o atendimento educacional especializado tem como objetivos identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos estudantes, considerando as suas especificidades. Por esse prisma, a Resolução n. 04, de 2 de outubro de 2009, do Conselho Nacional de Educação da Câmara de Educação Básica - CNE/CEB, no seu art. 2º, afirma que o AEE tem como função:
[...] complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços de acessibilidade à formação do aluno, por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem (BRASIL), (2009, p. 1).
É relevante o serviço desenvolvido por profissionais com conhecimento específico nas áreas de atuação como o professor de apoio em ambiente escolar, professor itinerante hospitalar ou domiciliar, tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais – (LIBRAS), guia-intérprete, instrutor mediador, sala de recursos multifuncionais, ensino de LIBRAS, Língua Portuguesa, na modalidade escrita como segunda língua, sistema Braille, sorobã, orientação e mobilidade, atividades de vida autônoma, comunicação alternativa, desenvolvimento dos processos mentais superiores, programa de enriquecimento curricular, adequação e produção de materiais didáticos e pedagógicos, utilização de recursos ópticos e não ópticos e tecnologia assistiva.
Para a permanência e sucesso da inclusão escolar dos estudantes público-alvo da educação especial, o respeito à diferença e o acolhimento são itens principais que devem ser trilhados no processo da vida acadêmica, assim como a busca por informação, junto aos profissionais do Núcleo de Educação Especial (NUESP), que atuam em articulação com a direção, coordenação pedagógica professores dos serviços especializados e do ensino regular, para identificar as necessidades específicas dos estudantes.
Diante disso, para a educação dos estudantes com baixa visão, é necessária a adaptação de materiais didáticos em tipos ampliados e para didáticos, após a realização de avaliação funcional da visão. Para os cegos a grafia Braille, orientação e mobilidade, atividades de vida diária, gravação de material em áudio (livros falados) e livros digitalizados (com a utilização de leitores de tela) e adaptação de mapas, gráficos e outros materiais em alto relevo.
Para a educação dos estudantes surdos, deficientes auditivos, surdos cegos e índio surdo na rede regular de ensino, faz-se necessária a disponibilização de tradutor-intérprete, instrutor mediador e guia-intérprete.
A escola necessitará de profissionais com formação adequada para que esse processo educacional aconteça de forma satisfatória. O estudante surdo deverá ser atendido por intérprete de Libras ou pelo instrutor mediador, caso ele ainda não tenha adquirido a língua de sinais. Os professores precisam compreender que a Língua Portuguesa é a segunda língua desse estudante e que a Libras deverá ser a língua de instrução em qualquer disciplina, especialmente na de Língua Portuguesa, o que coloca o processo de ensino e de aprendizagem em uma perspectiva bilíngue. É fundamental que o estudante tenha linguagem interior e receptiva, antes de adquirir condições de ter linguagem expressiva (seja oral, escrita ou de sinais). É por meio da Libras que o surdo consegue interagir, conhecer e entender tudo que lhe for apresentado.
De acordo com Lacerda:
A língua de sinais permite o restabelecimento desta comunicação efetiva, que é a base para todo o desenvolvimento da linguagem da criança. Em verdade, com a Língua de Sinais partimos daquilo que é positivo na criança: sua capacidade de “falar” por meio de um modo visual; é pelo reconhecimento desta capacidade que lhe será dada a fala vocal. Porém, está fala está ausente, não será nosso ponto de partida para nossa ação educativa. Vemos a criança surda dentro daquilo que ela é: um ser linguístico inteiramente e que pode satisfazer todos os seus desejos de sujeito falante por intermédio de um modo visual (LACERDA, 2000, p. 97).
O aprendizado de uma segunda língua é um processo complexo constituído de um número significativo de variáveis. Cada estudante tem suas características e necessidades individuais e as estratégias utilizadas precisam abranger suas especificidades. Uma boa estratégia faz com que as diferenças dentro da sala de aula sejam minimizadas.
Os tradutores intérpretes devem passar por avaliação realizada por centro especializado no atendimento do deficiente auditivo ou pelo Pro libras. As escolas receberão suporte técnico e pedagógico à organização, adaptações de materiais de complementação didática e produção de material didático. A comunidade escolar, os familiares e os estudantes surdos terão acesso à Língua Brasileira de Sinais, bem como o atendimento educacional especializado do ensino de Língua Portuguesa como metodologia de segunda língua ao estudante surdo será disponibilizado.
Para aqueles estudantes que apresentam grande facilidade de aprendizagem, que dominam rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes, ressaltando duas características marcantes das altas habilidades/superdotação, que são a rapidez de aprendizagem e a facilidade com que esses indivíduos se engajam em sua área de interesse, é necessário após sua avaliação psicopedagógica, realizada por núcleo específico, o encaminhamento ao Atendimento Educacional Especializado. Esse AEE tem por objetivo subsidiar o desenvolvimento das altas habilidades por meio da suplementação curricular, aprofundar o enriquecimento do processo de ensino e de aprendizagem e o envolvimento em trabalhos independentes para investigações nas áreas de interesses, habilidades e aptidões dos alunos, proporcionando o desenvolvimento de suas potencialidades.
Aos estudantes com deficiência intelectual e transtorno global do desenvolvimento é indispensável à realização de avaliação pedagógica para identificar o seu potencial e nível de aprendizagem, tendo como referência a proposta curricular do ano em que se encontram matriculados e a oferta de recursos e serviços de AEE necessários para viabilizar o seu sucesso educacional. Segundo Oliveira, “mais do que conhecer as patologias dos alunos e os limites de seu desenvolvimento, o processo de inclusão enfatiza suas condições de aprendizagem e o seu nível de competência curricular” (OLIVEIRA, 2002, p. 38).
É necessário que sejam propostas atividades considerando o universo de significação desses estudantes, criando situações colaborativas de aprendizagem com mediação, favorecendo seu acesso ao conhecimento e respeitando sua condição individual de aprendizagem.
Aos estudantes com mobilidade reduzida são necessários serviços, mobiliários, equipamentos, recursos como adaptação do material pedagógico, prancha inclinada com a possibilidade de regulagem em várias alturas, letras grandes com velcro ou imantadas, lápis com engrossadores para preensão, colmeia para o teclado do computador e outros recursos disponíveis na tecnologia assistiva, que garantam maior grau possível de autonomia na escola.
Aos estudantes impedidos de frequentar a escola por motivos de internação e/ou em tratamento de saúde e que com isso vivenciam um grau significativo de isolamento social será disponibilizado atendimento educacional especializado de Classe Hospitalar ou em ambiente domiciliar, com o objetivo de assegurar o acesso às atividades escolares, durante o período de licença médica, promovendo as adaptações curriculares pertinentes às condições do aluno, frente às suas restrições físicas, bem como as suas demandas psicológicas, decorrentes da dinâmica própria do tratamento a que está sendo submetido e das implicações de efeitos colaterais.
Para a plena participação do estudante com necessidades específicas em todos os espaços das unidades escolares, além de disponibilizar serviços, recursos e atendimentos educacionais especializados, é necessário que seja assegurada à acessibilidade, por meio da eliminação de barreiras arquitetônicas.
Segundo a Lei 10.098/00, acessibilidade é definida como possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, pela pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida (art. 2°, inciso I).
Para promover a acessibilidade nas escolas é necessário adequar, arquitetônica ou estruturalmente, os espaços físicos adaptando sanitários, alargando portas e vias de acesso, construindo rampas, instalando corrimão e sinalização tátil e visual, seguindo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT) – NBR 9050/2004.
Portanto, disponibilizar espaço acessível a todos é garantia dos direitos constitucionais e da promoção da autonomia em igualdade de condições com os demais estudantes nas escolas.
Desse modo, toda e qualquer ação que visa à contribuição da melhoria da qualidade de ensino, assim como o planejamento que respeita a diversidade de cada aluno, metodologias e estratégias diferenciadas, materiais didáticos que possibilitem a exploração e construção de respostas diferentes às questões propostas, atendimentos educacionais específicos e recursos diferenciados são critérios que contribuem para que todos os estudantes tenham acesso, participação e aprendizagem e que suas diferenças não se tornem causa de evasão e exclusão escolar.
9.4 - EDUCAÇÃO PARA A IGUALDADE DE GÊNERO
A educação para a igualdade de gênero diz respeito a uma prática educativa atenta ao conjunto das representações sociais e culturais elaboradas com base na diferença biológica dos sexos. Enquanto sexo diz respeito ao atributo anatômico, no conceito de gênero toma-se o desenvolvimento das noções de “masculino” e “feminino” como construções sociais. Atualmente, demanda-se a inclusão das categorias de gênero, assim como a de etnia, na análise dos fenômenos sociais, com o fim de retirar a invisibilidade das diferenças que existem entre os seres humanos e que, às vezes, ocultam discriminações. A temática está respaldada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais/Orientação Sexual e Pluralidade Cultural (MEC).
Por meio dessas orientações, os Pcns oferecem subsídios para que as escolas permitam aos estudantes o livre acesso aos diversos conjuntos de conhecimentos, sejam eles os elaborados socialmente na história, os acumulados com o tempo e os reconhecidos como sendo oportunos para o exercício da plena cidadania. Observando tais questões, as relações de gênero, no espaço escolar, também propiciam o questionamento de papeis estabelecidos aos homens e mulheres na sociedade, à valorização de cada um e sua flexibilização.
Faz-se necessária uma compreensão integral e transversal dessas problemáticas.
Embora possuindo especificidades, os processos sociais de estigmatização e discriminação, baseados no gênero, articulam-se de modo complexo e necessitam de uma abordagem conjunta. Precisam, em especial, ser analisados à luz dos direitos humanos, para que os preconceitos possam ser combatidos na escola e fora dela.
Em suas atividades docentes os professores devem fazer com que crianças, adolescentes e jovens apreendam conhecimentos e valores necessários ao seu pleno desenvolvimento como cidadãos. Tal propósito só será alcançado se lhes forem oferecido amplo acesso a recursos culturais que incluam tanto o domínio do saber tradicionalmente presente no trabalho escolar, quanto o acesso a informações sobre questões emergentes, como as que se relacionam ao gênero.
Esses temas carregam uma enorme carga de preconceitos que, por não contemplarem a diversidade de modo de vida presentes nas sociedades contemporâneas, dificultam atitudes de autorrespeito e respeito interpessoal.
O estudo das questões relativas ao gênero deve estar presente nas diferentes disciplinas que integram o currículo escolar. Sua importância e complexidade demandam um esforço de transversalização do conhecimento oferecido aos estudantes. Todo e qualquer professor deverá ser agente do processo de valorização das diferenças, não somente na escola, mas também em outros espaços da sociedade em que ele e seus alunos transitam.
A maneira como se encontram organizadas as relações de gênero em diferentes contextos e como se formam as representações e os significados atribuídos às diferenças corporais, aos comportamentos e aos modos de apresentação de si mesmos, de homens e mulheres, constituem as instituições. A escola e a família são exemplos de instituições sociais construídas pelas relações de gênero. A primeira constrói a um só tempo os sujeitos (estudantes, professores, diretores etc.) que a frequentam e é, ela própria, produzida por eles no que se refere ao conjunto de representações de gênero e étnico-raciais. A escola é, portanto, um espaço em que representações e significados acerca do masculino e do feminino, como formas de classificação social, são aprendidos e ensinados, ao mesmo tempo em que se legitima, de diferentes maneiras, pelas construções de gênero e por aquelas que se referem, por exemplo, à orientação sexual, às questões geracionais e de classe social. A ocupação de seus espaços físicos, os relacionamentos entre estudantes e entre estudantes e docentes, os procedimentos de ensino e as estratégias de avaliação expressam as noções de masculino e feminino como se fossem naturais e inscritas nos corpos de meninos e meninas.
Em relação ao currículo, podemos encontrar os temas de sexualidade limitados às aulas de Ciência ou nos depararmos com a ideia de que tais temas não devem ser tratados como parte do currículo por serem assunto privado, ou mesmo a explicitação de que os meninos têm mais facilidade em Matemática e/ou esportes e as meninas são naturalmente mais inclinadas para as Artes e a Língua Portuguesa. Todos esses discursos ou atitudes reforçam os preconceitos e os estereótipos de gênero que estão ainda presentes em nossa sociedade, mas que a escola, assim como outras situações, tem o dever e a oportunidade de ajudar a eliminar essas barreiras.
A escola muitas vezes é uma instituição normalizadora da era moderna. Os educadores não se dão conta de quão silenciosa, sutil e reiteradamente as masculinidades e as feminilidades são construídas e lapidadas cotidianamente: com gestos, falas, orientações, olhares, jogos, brincadeiras, ocupação dos espaços, comportamentos e avaliações. E assim também é no que diz respeito aos livros didáticos, às normas, à própria organização da escola, aos conteúdos, ao currículo. A escola apresenta e institui sujeitos, indivíduos, a partir de um modelo. Este modelo é masculino, branco e heterossexual e todas as pessoas que não se encaixam nele são o Outro, que é reiteradamente tratado como inferior, estranho, diferente.
9.5 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Sendo a educação ambiental uma proposta voltada para a ação ética do ser humano frente ao meio ambiente, a transversalidade do tema é garantida na Política Nacional de Educação Ambiental, que versa no artigo 10: “A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal”.
A necessidade de educação ambiental fica cada vez mais evidente com o aparecimento de desastres ambientais causados pelo nosso modelo de desenvolvimento e consumo, sendo urgente à proposição de soluções e implementação de ações.
A educação ambiental surge de preocupações da sociedade com o futuro da vida e da existência humana. Torna-se uma ação educativa mediadora entre a esfera educacional e o campo ambiental, produzindo concepções, métodos e experiências para a construção de valores e de conhecimentos capazes de provocar mudanças no ambiente (CARVALHO, 2004).
Nesse contexto, a escola é o espaço que deve incentivar o estudante a pensar e a agir rumo à sustentabilidade, auxiliando na compreensão dos seus princípios básicos, satisfazendo as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
Este documento propõe uma organização dos conteúdos da educação ambiental, em concordância com a Lei 9.795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, proporcionando aos estudantes meios de garantir o exposto no artigo 225 da Constituição Federal, que versa: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”.
Além dessas legislações, são utilizados como referência os seguintes documentos: Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, Carta da Terra e Agenda 21.
Embora esteja ocorrendo vagarosamente uma transição, há uma grande parcela de educadores que ainda vinculam a educação ambiental a uma visão de meio ambiente marcada pela natureza preservada que não deve ser tocada. Tal compreensão desconsidera a complexidade dos problemas sociais existentes na questão em pauta e a crise ambiental é percebida muito mais como uma crise de gerenciamento da natureza do que como uma crise da sociedade. Mais que mudar apenas valores, a educação ambiental assume a sua parte no enfrentamento da crise ambiental global, radicalizando seu compromisso com mudanças também de comportamentos, sentimentos e atitudes, em conjunto e com reflexos para a totalidade dos habitantes de cada território.
Outro equívoco é pensar que apenas os professores das disciplinas de Ciências/Biologia e Geografia devem trabalhar a educação ambiental. Isso demonstra o desconhecimento das proposições da legislação que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, que em seu artigo 2º apresenta a educação ambiental como “componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”.
A grande tarefa da escola é proporcionar um ambiente escolar saudável e coerente com aquilo que pretende que seus alunos aprendam, para que possa, de fato, contribuir para a formação da identidade como cidadãos conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente e capazes de atitudes de proteção e melhoria em relação a ele.
A educação ambiental é uma questão que envolve todos, pois estamos no planeta sujeitos às respostas que o ambiente nos dará como resultado das nossas próprias ações. Portanto, a comunidade escolar deve atuar como um entre os diversos agentes sociais a se engajar nessa mudança necessária, cumprindo o seu papel transformador, incentivando a sustentabilidade com novos hábitos de vida.
A inserção da educação ambiental na aprendizagem escolar parece complexa, mas será bem-sucedida se a escola se debruçar na construção do Projeto Político-Pedagógico para uma escola sustentável.
Uma das estratégias que pode auxiliar na realização das ações voltadas à melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida será a criação da Agenda 21 Escolar. Nesse documento serão descritas estratégias para que a educação ambiental aconteça efetivamente na escola.
As bases para uma educação ambiental eficaz na escola vão desde repensar o ambiente, a fim de torná-lo integrador e melhorar a eficiência do uso dos recursos naturais e gerenciamento de resíduos, e perpassa pelo currículo em que podem ser inseridas outras temáticas de cunho ambiental, cuja relação de ensino e aprendizagem deve se aproximar da realidade vivenciada pelos estudantes, até chegar à gestão socioambiental democrática.
Para tanto, os professores precisam conhecer o assunto e buscar com os estudantes mais informações, enquanto desenvolvem suas atividades: pesquisar em livros e levantar dados, conversar com os colegas das outras disciplinas ou convidar pessoas da comunidade (professores especializados, técnicos de governo, lideranças, médicos, agrônomos, moradores tradicionais que conheçam a história do lugar, etc.) para fornecer informações, dar pequenas entrevistas ou participar das aulas na escola.
9.6 - EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Apesar de todo o progresso científico e tecnológico adquirido pela humanidade, a sociedade ainda não conseguiu eliminar alguns problemas de convivência entre as pessoas, especialmente nas cidades. A sociedade contemporânea, em processo de transformação constante, exige da educação escolar mudanças de paradigmas para orientar e resgatar os valores primordiais à vida, às relações e ao convívio social.
A educação se tornou espaço de mediação de conhecimentos e instrumento da construção da base ética da vida em sociedade. Nesse sentido, a convivência social no trânsito nem sempre está ancorada no princípio da igualdade. Esse aspecto deve ser trabalhado de forma contínua e prática nas instituições educacionais. Segundo Saviani (2004), a transformação da igualdade formal em real está associada à transformação dos conteúdos formais, fixos e abstratos, em conteúdos reais, dinâmicos e concretos do dia a dia e seu entorno.
Com a implementação da Política de Educação e Ensino para o Trânsito nas escolas estaduais de Mato Grosso do Sul, conforme Resolução/SED n. 2.037/06, os subsídios para o planejamento na educação básica e suas modalidades, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9394/96, são assegurados na perspectiva de construção do processo educativo da criança e do jovem, pautado no direito a eles garantido constitucionalmente.
Dessa forma, a inclusão da educação e do ensino para o trânsito na prática pedagógica da comunidade escolar proporciona mudanças de comportamentos, inclusão social, respeito à diversidade e solidariedade e, ainda, estimula, nas crianças, adolescentes, jovens e adultos atitudes, valores e hábitos que venham de fato contribuir para a preservação da vida, para a paz no cotidiano dos espaços urbanos e rurais, capazes de ajudar na redução dos acidentes de trânsito.
A educação e o ensino para o trânsito estão diretamente relacionados à cidadania, aos direitos humanos e à ética, compreendendo conteúdos, conhecimentos e orientações curriculares e no que se refere à organização curricular, englobam todas as áreas do conhecimento, sendo previstas duas possibilidades: como componente da parte diversificada do currículo ou como tema transversal, integrando as áreas do conhecimento. Assim, conforme Saviani (2004), quanto mais adequados forem os nossos conhecimentos sobre a realidade, mais adequados serão os meios para agir e intervir sobre ela.
Faria e Braga (1999) sugerem que, para ser eficiente, um programa de educação para o trânsito deve transformar o estudante em agente ativo no processo de ensino e de aprendizagem, com o objetivo de formar cidadãos conscientes. Para tanto, deve também desenvolver o tema nos seus aspectos histórico, social, local, legal e comunitário, dentre outros, para que haja uma substituição dos comportamentos de risco por comportamentos adequados, pela consciência da responsabilidade individual e pelo respeito aos outros.
As questões relativas ao trânsito, desencadeadas pelo desrespeito às leis e ao próximo, devem ser discutidas e analisadas, considerando o contexto social, cultural e político da sociedade contemporânea, embasada em conceitos éticos e morais, que deverão orientar o trabalho pedagógico nas unidades escolares, como parte integrante e fundamental da formação de estudantes.
Segundo Mills apud Pereira (1986), quando se pretende obter mudanças de opinião da população para solucionar questões sociais, como no caso da maneira correta de se comportar no trânsito, os exemplos de pessoas e grupos admirados costumam exercer influência positiva. Para tanto, ações multissetoriais devem ser estimuladas, porém elas dependem de vontade política e atuação coordenada (SOUZA; MINAYO, 1995), e por isso são difíceis de serem realizadas, pois, segundo Chamé (1997), as questões da interdisciplinaridade dedicadas aos estudos de vários setores da vida coletiva são consideradas um desafio à tecnologia e à criatividade humana.
Estudos internacionais ressaltam que os programas educativos são fundamentais para a redução dos acidentes de trânsito, mesmo que seus resultados só apareçam em médio ou em longo prazo, pois eles são o único meio de aumentar o nível de consciência social e de responsabilidade individual dos cidadãos, fazendo com que eles respeitem os direitos alheios (FARIA & BRAGA, 1999).
Partindo do senso comum com o intuito de desenvolver o senso crítico do estudante, a organização curricular na escola deve buscar ressignificar os conteúdos de todas as disciplinas escolares, trazendo para o trabalho pedagógico as questões relacionadas ao trânsito.
Diante dessa colocação, apresentamos objetivos que podem ser buscados na efetivação da educação e ensino para o trânsito: a) entender a importância da participação do cidadão na organização do sistema de trânsito acessível a todos; b) reconhecer a importância da legislação de trânsito para o convívio no contexto das cidades, o exercício da cidadania, a conquista da dignidade humana centrada em valores que priorizem a vida; c) motivar a participação no planejamento de gestão de sua cidade, utilizando-se dos instrumentos da Política Urbana: Municipalização, Plano Diretor, Lei do Uso do Solo e Zoneamento Urbano, Programa 0660 “Segurança e Educação para o Trânsito: Direito e Responsabilidade de Todos”- Ação 8487 – Fomento a Projetos destinados à Redução de Acidentes no Trânsito; d) sensibilizar sobre a importância de pensar o presente e o futuro para as cidades onde se vive garantindo a acessibilidade das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida; e) promover e incentivar o conhecimento e as discussões sobre a cidade; f) aplicar o desenvolvimento de conteúdos que promovam o conhecimento sobre os aspectos legais e sobre o desenvolvimento sustentável dos municípios; g) qualificar, por meio de curso técnico de nível médio, na forma integrada à educação profissional; h) promover desenvolvimento dos conteúdos propostos para a aquisição da Carteira Nacional de Habilitação - CNH, ressaltando a importância dos valores morais e éticos indispensáveis à preservação da vida; i) reivindicar direitos e contribuir na melhoria da qualidade de vida em sociedade assegurando a acessibilidade e mobilidade; j) promover atividades que incentivam o conhecimento das legislações referentes à acessibilidade da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida; l) desenvolver projetos de cunho científico, articulando as questões do trânsito com os conteúdos das disciplinas escolares do currículo.
Dessa forma, a educação e o ensino para o trânsito, como elementos da parte diversificada do currículo ou como tema transversal integrado às áreas de conhecimento, devem ser assegurados pela comunidade escolar e expressos no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, de forma a permitir que os saberes sobre o trânsito façam parte do trabalho pedagógico da escola.
9.7 - A INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NO FAZER PEDAGÓGICO
Quando estamos inseridos num contexto educativo, os nossos olhares se voltam para o entorno da prática pedagógica, ou seja, da ação docente e dos recursos tecnológicos disponibilizados no interior da escola. A escola tem a função de estar no entremeio do senso comum e do conhecimento acadêmico, isto é, de dar condições ao homem de se situar historicamente e de conhecer os fenômenos da natureza. Nesse processo, as tecnologias educacionais são de suma importância para a modernização dos processos pedagógicos e organizacionais das instituições escolares.
As tecnologias são descritas como ferramentas essenciais e os professores e equipe técnica-pedagógica precisam estar articulados, tanto como participantes ativos quanto como líderes na mudança. É exatamente essa equipe que estará à frente das reais necessidades do fazer diário, que poderão ser articuladas juntamente com as atividades planejadas para o uso dos recursos tecnológicos existentes na escola.
A inserção das tecnologias nos ambientes escolares e nas práticas pedagógicas deve ser clara e objetiva. O professor, em seu planejamento, deverá deixar claro o porquê e para que de sua utilização. Dessa forma, a partir do momento em que o professor adiciona as tecnologias ao seu fazer pedagógico, ele está abrindo vários leques de opções para seus alunos, um espaço repleto de interesses, novidades e informações que promovam mudanças significativas no processo educacional.
As atividades desempenhadas pelos educadores da comunidade escolar, onde estão inseridos, retratam seus verdadeiros papeis de articuladores, pois eles se tornam os elementos chaves para estas mudanças. São os professores ao lado dos gestores e coordenadores que respondem pelo manejo, direcionamento, disposição e embasamento teórico e prático que fazem todos se sentirem participantes comprometidos com o fazer pedagógico.
As tecnologias utilizadas no contexto escolar auxiliam a renovação das práticas pedagógicas reforçando sua integração aos processos curriculares. Cabe aos educadores integrar as tecnologias no processo de ensino e de aprendizagem; só assim eles poderão provocar mudanças nas bases do seu fazer pedagógico, promover alterações nos currículos escolares e oferecer condições de aprender ao educando.
Assim, ao integrar as tecnologias educacionais na educação é importante que essas auxiliem, facilitem e renovem o fazer, o sentir e o domínio do processo de crescimento desta sociedade globalizada. A escola não pode ficar alheia a esta renovação; é necessário incorporar cada vez mais as tecnologias ao cotidiano escolar, uma vez que elas constituem fatores importantes para a melhoria da qualidade do ensino.
Os conteúdos a serem trabalhados devem contemplar não apenas as exigências que provêm do contexto social e do mercado de trabalho, mas também as necessidades e expectativas pessoais. Portanto, para que as mudanças realmente ocorram é necessário que a tríade, professor/aluno/equipe pedagógica, estabeleça uma via de mão dupla e procure, no ir e vir das relações, meios e alternativas que visem à sua integração e, também, para que as dificuldades sejam superadas e que haja parceria na construção de uma educação de qualidade, a aprendizagem significativa deve fluir livremente num ambiente informatizado.
Os recursos didáticos (livros, Dvds, TV escola, computador, portal do professor, Internet e outros) vêm para auxiliar o trabalho do professor, contribuir para o processo de ensino e de aprendizagem. Porém, nenhum problema do ensino, em nenhum lugar do mundo, é resolvido sem acompanhamento da adequada utilização de outros elementos que vão desde a organização escolar até o papel do professor e de sua postura pedagógica.
E é essa a função dos recursos didáticos no processo de ensino e de aprendizagem: tornar melhor, facilitar, aumentar as possibilidades de compreender a mensagem e apreender o conhecimento produzido, bem como proporcionar interação, reflexão, análise, questionamentos e construção de novos conhecimentos.
Dessa maneira, o educador, ao proporcionar o desenvolvimento das competências e habilidades aos seus alunos, proporciona a busca de novos conhecimentos e os transformam em cidadãos pesquisadores, críticos, reflexivos, capazes de buscar e ultrapassar suas limitações.
9.8 – AS DIFERENTES LINGUAGENS
A concepção de linguagem como forma de interação, dentre outras concepções que lhe são atribuídas, é vista como um lugar de interação humana. Essa visão proporciona uma postura educacional diferenciada por situar à linguagem como lugar de constituição de relações sociais.
Assim, podemos entender a linguagem como uma ação que acontece com uma finalidade específica. A linguagem está presente em quase tudo que fazemos. Para vivermos adequadamente em sociedade, precisamos entender as diferentes linguagens que nos rodeiam: a transmitida por meio de palavras (linguagem verbal) ou a transmitida por meio de imagens, de gestos, de expressões fisionômicas, de sons, de sinais, traços, cores, símbolos de sentenças matemáticas e notas musicais e tantas outras (linguagem não verbal).
Integrada aos conhecimentos antropológicos, a linguagem permitirá o entendimento da importância de diferentes códigos linguísticos, de diferentes manifestações culturais e sua compreensão no campo educacional, como fator de integração e expressão do aluno, respeitando sua origem.
Por meio desse leque de possibilidades, experiências de educadores devem ajudar os alunos a apreciarem o valor do desenvolvimento das múltiplas linguagens que permite a transversalidade em todos os segmentos curriculares.
Nesse contexto, a competência discursiva/textual, portanto, é adquirida pelo aluno na e pela atividade de linguagem, em contextos de leitura e de produção de textos, inseridas em situações linguisticamente significativas, nas quais são postas em foco as três dimensões da linguagem: gramatical, semântica e discursiva ou pragmática.
Atualmente, exigem-se níveis de leitura e de escrita diferentes e muito superiores aos que satisfaziam as demandas sociais até bem pouco tempo atrás – tudo indica que essa exigência tende a ser crescente. Ela é indispensável na vida do ser humano, pois permite uma experiência inigualável em que emoção e razão se misturam no prazer que se conhece somente quando se vivencia essa experiência. A leitura pode ser usada como fonte de prazer e alegria, devendo ser entendida, nesse contexto, como um processo que envolve compreensão e transformação de informações, de conhecimentos.
As fragilidades e insuficiência de leitura, dados constatados por pesquisas nacionais, são reconhecidas pelo atual governo de Mato Grosso do Sul, que prevê a necessidade de alcançar melhores índices de desenvolvimento humano e social no Estado. Por isso, mobilizou todos os esforços necessários para a construção do Plano do Livro e Leitura de Mato Grosso do Sul, que representará um norteador para a educação como meio de contribuição à formação leitora da sociedade sul-mato-grossense.
O Plano Estadual do Livro e Leitura/MS - PELL representa um marco institucional para o livro e a leitura no Estado de Mato Grosso do Sul, no tocante à necessidade de ousadia e vontade política, suficientes para garantir a exequibilidade dos objetivos nele propostos. É, ainda, um marco nacional, visto que Mato Grosso do Sul é precursor na implantação desse documento, em se tratando de Secretaria de Estado de Educação.
O documento, de acordo com o Plano Nacional do Livro e Leitura, apresenta as diretrizes, os princípios e as estratégias que orientam as ações propostas, sob a delimitação dos diagnósticos e informações, justificativas, pressupostos norteadores, objetivos e eixos temáticos a serem desenvolvidos para assegurar e democratizar o acesso à leitura a toda a sociedade sul-mato- grossense. É, portanto, um norteador para o desenvolvimento na área do livro, leitura, literatura e biblioteca, por meio de políticas articuladas que evidenciam a cidadania, a educação, o meio ambiente, as práticas sociais, o respeito à diversidade cultural, a inserção de novas tecnologias e a ampliação de acesso à informação. As ações nele contidas são sustentadas por quatro eixos: 1. Democratização do acesso; 2. Fomento à leitura e à formação de mediadores; 3. Valorização da leitura e da comunicação; 4. Apoio à criação e ao consumo de bens de leitura. Os eixos subdividem-se em metas e estratégias que deverão ter suas ações atingidas até o ano de 2020.
O PELL-MS está aberto à pesquisa e à discussão, pois a Secretaria de Estado de Educação está certa do quanto é nova essa experiência, mas não menos certa do quanto ele representará para a causa do livro e da leitura e será responsável pela virada histórica em Mato Grosso do Sul. Para assegurar e democratizar o acesso à leitura a toda a sociedade sul-mato-grossense e investir em sua promoção, faz-se necessário realizar um trabalho com rigor e qualidade, pois para formar estudantes leitores é indispensável criar hábitos de leitura; para consolidar hábitos de leitura é necessário alargar os horizontes de leitura e para combater a relutância à leitura é preciso trazer de volta a leitura. Ler é ampliar o conhecimento dos cidadãos e a capacidade crítica e inventiva das pessoas.
A sugestão é que os educadores conheçam esse documento para tomar nas mãos a responsabilidade de promover a criação de projetos e divulgação da leitura na sala de aula, na escola e na comunidade.
9.9 – ROTINA ESCOLAR
A modernidade trouxe consigo a necessidade de ordenar, de cronometrar e de definir um tempo para cada ação. A vida em rotina é uma construção dos tempos modernos. Segundo Narodowski (2001), o grego tem duas palavras para denominar o tempo. O kairós é o tempo da sensibilidade, da vivência oportuna, um tempo cuja qualidade prevalece em relação à visão quantitativa. O chronos é o tempo do relógio, do calendário e da hora certa. Tempo submetido à disciplina e à ordem, tempo que se mede com precisão.
Nos contextos escolares, o tempo expresso na adequação dos alunos à rotina escolar deve ser estratégia que revela e implementa as intenções educativas, a forma de organização das intervenções do professor e a gestão do tempo das aulas, visando a uma reflexão sobre o planejamento das situações de aprendizagem.
Além da sua importância para desenvolver um trabalho que propicie interiorização temporal, no que diz respeito aos conceitos de antes, durante e depois, a rotina escolar auxilia na integração de três aspectos importantes para o crescimento saudável dos alunos: o físico, o psicológico e o social. O desenvolvimento biológico leva crianças e adolescentes a viver uma intensa transformação física, ou seja, já existe em cada uma delas um ritmo interno que altera sua atenção, seus gostos e suas formas de se relacionar. Nesse sentido, o ritmo externo organizado pela rotina escolar ajuda os alunos a vencerem certas instabilidades, inconstâncias típicas do seu processo ainda imaturo de crescimento. Ajuda-os a sentirem-se mais seguros e menos instáveis, percebendo que cada momento do tempo escolar, quando bem aproveitado, pode levá-los à realização de inúmeras atividades com os demais colegas e à aquisição de importantes conhecimentos que, ao longo do tempo, lhes permitirão agir com mais desenvoltura, autoconfiança e autonomia.
É importante ressaltar que o planejamento bem dosado, e com olhos voltados para a avaliação contínua dos alunos, ajuda o professor a manter uma rotina de classe, em que cada necessidade educativa é percebida e contemplada; informações transformam-se em hábitos e a aprendizagem se desenvolve de maneira ativa, pelo clima compartilhado em sala de aula. O que é planejado se realiza num clima organizado e motivador, que proporciona a todos perceber o ritmo das próprias ações durante o processo educativo.
A maneira como os professores organizam suas aulas ajuda seus alunos a construírem suas identidades, pois a organização do tempo das aulas, distribuídas no calendário escolar, deve sempre ser a referência no estabelecimento do que é prioritário para desenvolver as habilidades no alcance das competências previstas em cada área de conhecimento. A escolha das atividades a serem propostas deve sempre levar em consideração o ritmo dos alunos que compõem cada turma. Uma atividade em grupo, com vistas ao desenvolvimento das habilidades de troca de informações, debate de ideias e pesquisa conjunta, pode ser eficiente metodologia no trato de alguns conteúdos, porém requer maior tempo que um trabalho que proponha tarefas individuais.
Na rotina diária do professor, contemplar os momentos ora coletivos, ora individuais e diversificados, como jogos, brincadeiras, dramatização, rodas de leitura, debates, seminários e/ou trabalho com projetos didáticos é uma importante decisão pedagógica que incide direta e qualitativamente no resultado do trabalho desenvolvido pela escola.
Consciente da importância, ao professor cabe o estabelecimento de uma rotina e sua organização, pois conhecendo o grupo de alunos saberá quais as suas necessidades e seus interesses. Com o passar do tempo, os próprios alunos terão autonomia e isso se tornará uma rotina de trabalho precisa, cabendo ao professor apenas algumas intervenções para o crescimento deles, com novos desafios e indagações.
Toda escola deve ser um espaço de experiências significativas, que por seu ritmo próprio e uma rotina singular pode criar sua própria história, sua própria identidade. Deve possibilitar aos alunos, em suas turmas e anos, formar laços de pertencimento, onde se sintam seguros e capazes de narrar suas próprias histórias, relembrar e ressignificar fatos importantes, bem como construir uma identidade social enquanto grupo. Com vistas à concretização do Projeto Político-Pedagógico, a rotina escolar deve ser ainda, um espaço normatizado por docentes que estabeleçam uma trajetória reflexiva e rica de encontros, pesquisa, planejamento e avaliação coletiva sobre a prática pedagógica.
10 - Critérios e formas de avaliação de aprendizagem
11 - Acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem
11 - Acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem
11. 1 - OS TEMAS TRANSVERSAIS
A concepção global e interdisciplinar de currículo ora adotada, a ser operacionalizada no desenvolvimento dos presentes Referenciais Curriculares Básicos, tem, na utilização de temas transversais uma forma de aprofundar questões importantes, vistas nos seus diversos enfoques e de modo integrado ao contexto mais amplo das áreas de conhecimento. Constituem, então, temas transversais questões e problemas do cotidiano que perpassam as áreas do conhecimento, integrando-se aos conteúdos sistematizados dessas áreas.
Assim estes Referenciais Básicos (RCB) têm como eixo curricular –EDUCAÇÃO E CIDADANIA – eixo norteador de todo o projeto educativo. Incluem, portanto, como temas transversais, questões sociais importantes e urgentes –Ética, Saúde, Orientação Sexual, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural (adotados em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais). Essas questões, por sua abrangência e complexidade,precisam ser abordadas nas diversas áreas do conhecimento, visto que, isoladamente, cada área não dá conta dos múltiplos aspectos que caracterizam tais questões. Por fazerem parte do nosso cotidiano, são então, incorporados à ação curricular e se constituem elemento significativo deste Projeto Político Pedagógico, envolvendo atividades dentro e fora da sala de aula. Estas atividades precisam estar voltadas para a efetiva aprendizagem do aluno, ou seja, para a aprendizagem que resulta em conhecimentos, atitudes, habilidades ou valores renovados, transformados e transformadores.
Tendo em vista que os temas transversais propostos nacionalmente estão tratados de forma clara e precisa, atendem a nossa realidade e, como todo projeto curricular, estão abertos ao enriquecimento que o educador julgue conveniente fazer, entende-se não ser necessário construir um documento similar. Tem-se a compreensão de que é mais racional que o professor busque orientar-se nos próprios PCNs, onde encontrará um documento para cada tema, explicitando objetivos, conteúdos, critérios de avaliação e orientação didática, os quais certamente subsidiarão seu planejamento, contribuindo para a melhoria da sua prática pedagógica.
11.2 - A ESCOLA COMO PÓLO CULTURAL DA COMUNIDADE
11.2.1 - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
A valorização do ser humano como sujeito cultural requer que todas as instituições especialmente a escola, trabalhem preservando e/ou recriando os valores éticos e culturais da sua comunidade. Nesse sentido, a escola não pode continuar com os rituais tradicionais da sua prática sem considerar as manifestações sócio-culturais.
Assim a escola deve estar constantemente atenta para reorganizar seus tempos e espaços de modo a incorporar manifestações culturais que emergem da realidade na qual está inserida, articulando a produção de conhecimento cultural da comunidade.
A Igualdade Racial inclusa no Currículo Escolar com a temática “História e Cultura Afro Brasileira” será trabalhado na forma de projetos e oficinas, tendo o dia 20 de novembro específico no Calendário Escolar e denominado “Dia Nacional da Consciência Negra” e vem respaldar e ratificar a importância da reflexão e trabalho sobre as relações étnico-raciais.
11.2.2 - EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Ao acidentes de trânsito atingem as crianças, os adolescentes, os jovens em idade escolar e constituem a segunda causa de morte violenta e precoce no mundo e também no Brasil.
A gravidade da situação e a relevância do papel que a escola exerce na sociedade, possibilitou o Departamento Estadual de Trânsito do Mato Grosso do Sul firmar com a Secretaria de Estado de Educação para juntos trabalharmos por um trânsito mais seguro.
A Educação para o Trânsito será abordada em todas as disciplinas, mas com um foco maior nas aulas de artes, pois através desta é permitida maior liberdade ilustrativa através de desenhos, cores, confecção de maquetes, músicas e movimentos tornando o assunto muito mais atrativo.
Assim, esta Unidade de Ensino cumprirá o Parecer Orientativo/CEE nº 133/2005, que assegura a inclusão da Educação e Ensino para o Trânsito no Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos).
11.2.3 - O DIREITO DO CONSUMIDOR COMO PARTE INTEGRANTE DO ENSINO ESCOLAR
Num mundo globalizado, onde o capitalismo impera, destaca-se um direito coletivo que está em bastante evidência: o do Consumidor. Tamanha a sua importância, que está assegurado como um direito fundamental a todos, previsto na Constituição Federal de 1.988, em seu art. 5º, inciso XXXII, senão vejamos: Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; Desta forma, os direitos e deveres nas relações de consumo são regulados pela lei federal nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor – CDC).
A princípio, ser consumidor é também ser cidadão, uma vez que o exercício do direito de consumir é inerente a toda pessoa, bem como os demais direitos fundamentais, como saúde, educação, moradia, segurança, lazer, dentre outros. No entanto, para que alguém se torne um cidadão consciente, além de necessária uma boa estrutura familiar, uma Instituição se torna primordial para complementar esse senso de cidadania: a Escola.
Na escola, os propósitos de uma educação do consumidor é: propiciar aos alunos o desenvolvimento de atributos que lhes permitam compreender sua condição de consumidor, com os conhecimentos necessários para construir critérios de discernimento, atuar de forma crítica, perceber a importância da organização, solidariedade e cooperação para fazer valer seus direitos e assumir atitudes responsáveis em relação a si e à sociedade.
11.2.4 – PREVENÇÃO E CONTROLE DA DENGUE
A escola possuirá um Comitê formado pelos segmentos de pais, alunos, professores, coordenadores e funcionários administrativos com os seguintes objetivos:
-
Mobilizar e sensibilizar a comunidade (interna e externa) para ações de prevenção a Dengue, buscando mudanças de hábitos;
-
Elaborar um calendário de ações com vistas à constante prevenção a proliferação do mosquito transmissor (Aedes Aegypti);
-
Elaborar instrumentos para registros de ocorrências da Dengue entre a comunidade interna (alunos, professores, funcionários)
11.2.5 – PREVENÇÃO E COMBATE AO BULLYING
De acordo com o dicionário Aulete de língua portuguesa, o termo bullying “compreende toda forma de agressão, intencional e repetida, sem motivo aparente, em que se faz uso do poder ou força para intimidar ou perseguir alguém, que pode ficar traumatizado, com baixa autoestima ou problemas de relacionamento”. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. É entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
O bullying sempre existiu, mas foi no final da década de 1970 que Dan Olweus, um professor da Universidade da Noruega, passou a estudar as tendências suicidas entre adolescentes e percebeu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era um mal a se combater. Hoje, o fenômeno está mais popular, está mais visível com a influência dos meios eletrônicos, com a internet e com a televisão.
De acordo com Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como bullying, a agressão física ou moral precisa apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. “Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor”, explica a especialista.
Fique atento aos sinais:
- Falta de vontade de ir à escola;
- Sentir-se mal perto da hora de sair de casa;
- Pedir constantemente para trocar de escola;
- Pedir para não ser levado à escola;
- Apresentar baixo rendimento escolar;
- Voltar da escola com roupas ou livros rasgados;
- Abandono dos estudos;
A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) sugere as seguintes atitudes para um ambiente saudável na escola:
- Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;
- Estimular os estudantes a informar os casos;
- Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema;
- Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar;
- Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futu
- Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying.
(Com informações da Revista Nova Escola)
11. 3 - TRATAMENTO DIDÁTICO
Para que a abordagem interdisciplinar do currículo seja facilitada, há necessidade da utilização de metodologias que favoreçam uma relação de reciprocidade, mutualidade, troca, diálogo, busca, aceitação do pensar do outro no desenvolvimento da ação curricular, notadamente naquela que ocorre no interior da sala de aula. Na vivência da sala de aula, em que o objeto de trabalho é o próprio conhecimento, é indispensável a mudança de atitude quanto à compreensão de que esse conhecimento não seja fragmentado, mas um todo. É fundamental, então, a maturidade, o empenho e a vontade do coletivo de professor de cada ano na construção dessa abordagem disciplinar.
Segundo Ivani Fazenda:
...a primeira condição de efetivação da interdisciplinaridade é o desenvolvimento da sensibilidade, neste sentido tornando-se particularmente necessária uma formação adequada que pressuponha um treino na arte de entender e esperar, um desenvolvimento no sentido da criação e da imaginação.(grifo nosso)
Sabe-se que vários caminhos podem conduzir a uma postura interdisciplinar no fazer pedagógico. No entanto, neste Referenciais a ênfase será dada à metodologia de PROJETO, que é uma proposta de ação pedagógica dentro de uma lógica globalizante, contextualizando as atividades a partir de uma perspectiva ampla e integrada do processo de construção do conhecimento.
11.4 - INTERDISCIPLINARIDADE
Interdisciplinaridade e contextualização são recursos complementares para ampliar as inúmeras possibilidades de interação entre disciplinas e ares de conhecimentos, e entre as áreas nas quais disciplinas venham a ser agrupadas. Juntas, elas se comparam a um traçado cujos fios estão dados, mas cujo resultado final pode ter infinitos padrões de entrelaçamento e muitas alternativas para combinar cores e texturas. De forma alguma se espera que a escola esgote todas as possibilidades. Mas se recomenda com veemência que ela exerça o direito de escolher um desenho para o seu traçado e que, por mais simples que venha a ser, ele expresse suas próprias decisões e resulte num cesto generoso para acolher aquilo que a LDB recomenda em seu artigo 26: as características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
Os ensinamentos da psicologia de Piaget e Vigotsky, foram convocados para explicar a interdisciplinaridade porquê suas perspectivas teóricas concentram-se naquilo que segundo os PCNs, ensino fundamental e médio, é o mais importante: a importância da aprendizagem sistemática, portanto da escola, para o desenvolvimento do adolescente. Cabe então através desta proposta, delinearmos condições para que o professor possa desenvolver seus trabalhos de forma interdisciplinar; já que os conhecimentos não podem ser restritos àqueles organizados e estruturados em “grades” , onde cada disciplina ou área restringe-se a repassar determinado conteúdo. E sim os professores estarem pautados para a formação global do educando.
11.5 – PROJETOS
Entende-se por Projetos uma abordagem de postura pedagógica, de princípio ativo, integrador e articulador que favorece a construção de conhecimentos científico, não se tratando, apenas, de uma técnica de ensino atrativa.
Pode se distinguir projetos sob três nomenclaturas: Projeto de Ensino, Projeto de Pesquisa e Projeto de Extensão.
O Projeto de Ensino objetiva a complementação e o aprofundamento da aprendizagem em determinado conhecimento. O corpo docente deverá determinar um período de tempo para a realização desses estudos, a partir de uma avaliação diagnóstica.
O Projeto de Pesquisa objetiva a desenvolver, no aluno, uma postura indagadora, investigativa, que evidencie situações práticas. Trata-se de uma abordagem sistemática de aquisição do conhecimento, exigindo disciplina, disposição e confiança no trato com problemas reais.
O Projeto de Extensão se dá quando o planejamento das atividades propostas extrapolam os “limites” da própria unidade escolar em busca de parcerias com outras instituições e com a comunidade.
O projeto em qualquer das formas apresentadas acima, exige planejamento, pesquisa e rigor teórico. O corpo docente pode articular o planejamento das ações e o desenvolvimento das atividades com os educandos. Assim sendo, todo o projeto necessita de um estudo exploratório.
O ponto de partida para a construção de um projeto é a realidade onde ele será desenvolvido. Assim, os conteúdos curriculares são trabalhados a partir das questões que integram essa realidade, o que imprime a esses conteúdos real significado para o aluno e possibilita uma articulação entre os diversos campo do conhecimento.
Nesta perspectiva, integram-se, efetivamente, teoria e prática, sendo o aluno e o professor sujeitos ativos e construtores do conhecimento. A Conclusão se dá com o registro de atividades de análise e síntese, podendo seus resultados ser apresentados em produção textual, tais como: relatórios, textos dissertativos argumentativos, mostras científicas e culturais, viagens ligadas ao tema. É importante lembrar que os temas abordados devem ser de interesse da comunidade escolar.
11.6 - PROJETO GENTE MIÚDA/SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO
Este projeto tem por objetivo contribuir para a inserção dos alunos em práticas de leitura, escrita e tecnologias integradas a educação de modo significativo, a fim de fomentar a formação de sujeitos-leitores envolvidos em práticas sociais e comunicativas essenciais a compreensão do contexto sócio-histórico-político, e aprender a historia através da arte.
O projeto de leitura devem permear todas as disciplinas que estão direta ou indiretamente relacionados à linguagem. A leitura contribui com a vida da criança de diversas maneiras, sobretudo para desenvolver a imaginação e a criatividade. Ao se envolver na história contada pelo livro infantil, o leitor amplia a sua visão de mundo, adquire cultura e desenvolve habilidades importantes no âmbito escolar, como escrita, pronúncia e interpretação, e o educando torne-se um “sujeito-leitor”, não reprodutor da mensagem lida, mas capaz de reconstruir o significado do texto e até mesmo através da arte.
AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA ESCOLA EM 2012
ATIVIDADES
|
1º bimestre
|
2º bimestre
|
3º bimestre
|
4º bimestre
|
Projeto Trânsito
|
X
|
X
|
X
|
X
|
Leitura no Coração da Escola
|
X
|
X
|
X
|
X
|
Projeto “Nossos Textos, Nosso Livro”
|
X
|
X
|
X
|
X
|
Cinema na Sala de aula.
|
X
|
X
|
X
|
X
|
Projeto de Xadrez
|
X
|
X
|
X
|
X
|
Projeto de reforço
|
X
|
X
|
X
|
X
|
Projeto Tabuada Divertida
|
X
|
X
|
X
|
X
|
Projeto: Meio Ambiente – Uma Ação Ambiental
|
|
X
|
|
|
Projeto: Alfabetização Online
|
X
|
X
|
X
|
X
|
Projeto: Contando a Historia do Município de Itaquiraí
|
|
X
|
|
|
Projeto: Xô Dengue
|
X
|
|
|
|
Projeto: Água fonte de vida
|
X
|
|
|
|
Projeto: 3R's
|
X
|
X
|
|
|
Projeto: Escola Encantada
|
X
|
X
|
X
|
X
|
Projeto: Leitura com pais, alunos e comunidade
|
|
|
X
|
|
Projeto: Gente Miúda/ Sítio do Pica-Pau Amarelo
|
X
|
X
|
X
|
|
Projeto Menina Bonita do Laço de Fita
|
X
|
|
|
|
Despertando meu corpo
|
X
|
X
|
X
|
X
|
11.6 - AULAS DE TREINAMENTO
Será assegurada a lotação de professor habilitado em educação física em aulas de treinamento, sempre que a demanda educacional assim o exigir. Para cada turma do ensino fundamental e médio, será assegurada 2 h/a, sempre em turno oposto ao dos estudo regulares para treinamento.
As aulas de treinamento levará sempre em consideração o esporte educacional enquanto dimensão social do esporte plenamente realizável na escola, se concebido de forma a respeitar as características individuais, as expectativas e aspirações das pessoas, preocupando-se com as suas limitações, ou seja, não pode ser excludente.
Para tanto as aulas de treinamento possuirão um plano básico que compreenda ações básicas que deverão acontecer tais como:
-
Oportunizar a participação de todos os interessados
-
Pontuar as metas a serem alcançadas
-
Priorizar os jogos inter-classes
-
Ter característica de festival e participação
-
Oportunizar aos alunos organizar juntamente com o professor as ações a serem realizadas.
Dessa forma as aulas de treinamento contribuirá para que a escola seja um ambiente atrativo, e socializador, fazendo com que o aluno valorize como tal, e não o evada.
Sala de Tecnologias Educacionais
Vivemos numa época em que a ciência, em todos os seus ramos caminha rapidamente.
As máquinas estão sendo aperfeiçoadas para realizar tarefas nunca antes imaginadas, substituindo o trabalho do humano.
Estas conquistas maravilhosas só não substituirão a necessidade que tem o homem de aprender, desenvolver seus conhecimentos.
Com as Salas de Tecnologias Educacionais, os alunos terão subsídios necessários para serem inseridos numa sociedade com constantes transformações tecnológicas marcadas pela divisão de classes e pelas desigualdades, prevalecendo o consumismo, individualismo, competitividade, conformismo e misticismo.
Assim, a escola tem sua parcela na colaboração para a democracia na formação do cidadão.
O acesso ao laboratório de informática será estendido a toda a comunidade escolar, obedecendo a um cronograma e os critérios estabelecidos neste projeto.
A utilização da Sala de Tecnologias Educacionais se dará no horário de aula, compreendendo o turno matutino, vespertino e noturno.
O objetivo da inclusão da informática na escola, é permitir acesso a todos os que desejam torná-la um elemento de sua cultura, assim como aqueles para os quais a abordagem puramente técnica parece insuficiente para o entendimento de seus mecanismos profundos. Como a mais recente das linguagens, não substitui as demais, mas, ao contrário, complementa e serve de arcabouço tecnológico para as várias formas de comunicações tradicionais.
Em síntese, a informática encontra-se presente na nossa vida cotidiana e incluí-la como componente de ensino nas escolas, significa preparar os estudantes para o mundo tecnológico e científico, aproximando a escola do mundo real. Sendo assim o estudante não deve ser visto como quem usa a informática enquanto instrumento de aprendizagem, mas também como aquele que conhece os equipamentos, programas e conceitos que lhe permitam a integração ao trabalho e o desenvolvimento individual e interpessoal.
11.a - Conselho de Classe
12 - Indicadores de qualidade
ÍNDICE DE APROVAÇÃO DOS ANOS INICIAIS DA EE. LEOPOLDO DALMOLIN
“Aqui se constrói o saber”
PLANEJAMENTO É O MAPA DE UM TESOURO
QUEM TEM ESSE MAPA SABE COMO ENCONTRÁ-LO
TURMAS
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
2015
|
1º ANO
|
100%
|
100%
|
100%
|
100%
|
100%
|
100%
|
2º ANO
|
52%
|
61,55%
|
75%
|
77,6%
|
75%
|
85%
|
3º ANO
|
78%
|
87%
|
95%
|
92,2%
|
92,35%
|
95%
|
4º ANO
|
77%
|
86%
|
94%
|
95,3%
|
93%
|
98%
|
5º ANO
|
84%
|
92,5%
|
100%
|
92,7%
|
98,25%
|
95%
|
GERAL
|
78,2%
|
85,41%
|
92,8%
|
91,56%
|
91,72%
|
94,6%
|
*OBS: No item 2015 é a meta a ser alcançada no ano decorrente.
IDEB 2013: 5,4
Síntese elaborada pelos participantes
3.1- 4.1 Os participantes devem elaborar uma síntese com a análise do crescimento ou redução do desempenho, apontando as possíveis causas para o respectivo resultado.
Bem, conforme análise detalhada no estudo de hoje e como temos observado e registrado nos últimos anos, podemos ver claramente no índice de crescimento da aprendizagem, que estamos atingindo nossas metas. Ainda temos repetências, porém, não depende apenas da Escola, pois ações do governo do Estado, muitas vezes não contribuem para atingirmos 100% de aprovações, podemos citar alguns pontos que contam muito para o desenvolvimento dos alunos, entre eles:
-
As extinções do cargo dos coordenadores de área, hoje têm apenas uma coordenadora pedagógica, que como sabemos passa grande parte do tempo diante do computador analisando planejamentos, sabemos da importância dos mesmos, porém, o ideal é ter alguém acompanhando diretamente o desenvolvimento do aluno para ter suportes na orientação dos professores, para assim, juntos sanar a dificuldade dos alunos;
-
A família também muitas vezes não contribui para o desenvolvimento da aprendizagem, por não oferecer condições para que as crianças complementem os estudos em casa, falta acompanhamento familiar, muitas vezes alheio a vontade dos pais que precisam trabalhar em longas jornadas, deixando a educação dos filhos em último plano;
-
Outro ponto que também segura o melhor resultado na aprendizagem é a falta de de espaço físico com salas equipadas com jogos, materiais necessários e um professor, de preferência psicopedagogo, para que o aluno seja trabalhado com metodologias diferenciadas, pois como sabemos, nem todos aprendem do mesmo jeito.
-
Salas com número de alunos, muito acima que o recomendado;
-
Ausência de biblioteca, com espaço adequado e que desperte o interesse e favoreça a leitura, como principal meio de desenvolvimento e conhecimento;
-
Quadra onde o professor de Ed. Física possa desenvolver com mais eficácia os conteúdos do referencial curricular, com mais interesse e prazer por parte dos alunos.
-
Alunos com NEE sem atendimento médico, vezes por desinteresse ou aceitação da família, vezes por não ter condições financeiras para o devido acompanhamento, inclusive para medicamentos.
Conforme citamos acima, alguns pontos são fundamentais para a aprendizagem dos alunos, podemos observar que a Escola só será 100% quando outros setores realmente estiverem completos, preocupados em favoreçam a aprendizagem, sendo assim, pensamos que mesmo enfrentando defasagens de outros setores, estamos atingindo nossos objetivos satisfatoriamente.
CONCLUSÃO
Conclusão dos estudos referente à 3ª etapa da FORMAÇÃO CONTINUADA 2.014
1 - Conforme os estudos realizados durante todas as oportunidades e na formação de hoje, ficou muito claro que o Projeto Político Pedagógico define detalhadamente a linha que regula o traçado do caminho da nossa escola, dá a direção, ou seja, orienta sobre as diretrizes da nossa Escola.
2-3 - Com certeza, para que possamos atingir as metas definidas no início do ano letivo, é necessário articular os resultados dos processos avaliativos, internos e externos com ações implementadas no Plano de Desenvolvimento, estamos caminhando , envolvendo o maior número de pessoas e todas as ações desenvolvidas nesta Unidade Escolar estão focadas na aprendizagem, desenvolvimento e progresso dos nossos alunos.
4-5 - Conforme os registros, gráficos e outras fontes de informação que temos, esta Escola tem em alguns casos superado as metas, em outros casos estamos caminhando e como sabemos que as ações do PDE são eficazes, procuramos desenvolver as ações necessárias para superar todas as metas.
13 - Formação continuada
No dia 16 de março, na 1ª formação continuada foi realizado o estudo do referencial curricular, onde os tópicos foram divididos entre o diretor, coordenador pedagógico, coordenadores de área e o gerenciador, sendo que cada um expôs os temas sendo compartilhado com quadro de professores desta unidade escolar.
No dia 22 de maio, na 2º formação continuada, com o tema: “Apropriação dos resultados da SAEMS 2011", onde foi exposto os resultados e o repasse da capacitação em Dourados da equipe da SED do Programa Além das Palavras no data-show e para melhor apreciação, cada um recebeu cópia da matiz de referência de Língua Portuguesa e Matemática, em seguida, foi feito a comparação e o estudo do desenvolvimento da nossa escola e reforçando os descritores, destratores. Ao final foi preenchida a ficha de ações a serem desenvolvidas ao longo de 2012, para melhoria dos resultados do SAEMS 2011.
No dia 29 de agosto, na 3ª formação continuada, com o tema: “Implementação do Projeto Político Pedagógico das Unidades Escolares da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul”. N período matutino e vespertino, reuniram-se os professores, coordenadores, diretor, técnica da NUESP, gerenciador, funcionários e o colegiado escolar, com intuito de reformular o PPP da escola Leopoldo Dalmolin, para isso foram formados 7 comissões, com a responsabilidade de trabalhar e pesquisar sobre um tema que compõe o PPP.
No dia 28 de novembro, na 4º formação continuada, com o tema: “discussão e finalização do PPP”. Foi feita a leitura do PPP, através de dois data-shows, sendo que 1 apresentava o PPP antigo onde foi realizada a leitura compartilhada, e no outro o grupo fazia as modificações necessárias apresentadas pelas comissões.
14 - Avaliação Interna
As formações continuadas, propostas pelo Governo por meio da Secretaria de Educação, com os temas propostos, tivemos excelente aproveitamento, pois nestes momentos possibilitou a reunião de todos os docentes e ampliou os conhecimentos do grupo, que contribuíram para melhorias na qualidade do ensino-aprendizagem. Ressaltando a importância da participação e familiarização do grupo, com o PPP e referencial, reconhecendo-os como norteador da educação.
15 - Avaliação do Projeto Político Pedagógico
Um dos eixos importantes que ocorreu na elaboração do PPP, foi a participação do corpo docente, discente, administrativo e comunidade escolar para a atualização de dados, formular novos objetivos, traçar metas e ações a serem executadas pela escola, buscando estratégias mais eficientes, para obter exito na educação.
16 - Comissões de elaboração do Projeto Político Pedagógico
1º Comissão de mobilização, divulgação e acervo (responsável pelo embasamento teórico de todo o PPP)
Márcio Luiz Cavallini
Maria Lúcia Lima
Osmarina Gonzaga Ribeiro
Joelma Dias Brandão
Carla Kariê Flores da Fonseca
Ivanete de Souza Ferreira
2º Comissão diagnóstica
Marcia Aparecida Ramos
Valdinei Gubert
3º Comissão de Organização da escola
Gislaine Rosilene Ferreira
José Aparecido Feliciano Farias
Lucilene Gomes Cunha
Marcos Veríssimo de Lima
Mônica Alves Pereira
Vírginia do Carmo Messias Cardoso
4º Comissão de concepções teóricas
Ana Paula Batista Marcolino
Ana Paula Mariano de Freitas
Elza de Góis Dettmer
Marlene Pereira Kamakura
Márcia Inês Marcato Franchini
5º Comissão de revisão
Luzia da Silva
Márcia Aparecida Ramos
6º Levantamento e tratamento da informação
Márcio Luiz Cavallini
Maria Lúcia Armada
7º Comissão permanente
Carlos Aparecido Martins dos Santos
Maria Lúcia Helena da Silva
Maria Lúcia Armada
Levi Neves
17 - Equipe responsável pela aprovação do Projeto Político Pedagógico da escola
Diretor: Carlos Aparecido Martins dos Santos
Presidente do Colegiado Escolar: José Aparecido Felício Farias
Supervisor de Gestão Escolar: Levi Neves
Coordenadora Pedagógica: Maria Lúcia Armada
Gerenciador das Tecnologias Educacionais: Márcio Luiz Cavallini
Segmento dos Pais: Ivone Aparecida Beraldo, Suzana Duarte, Jeferson Donizete Frediani Prado e Lidiana Aparecida dos Santos Shuffner.
Segmento dos Administrativos: Devanir Maria Carminatti da Silva (Cozinheira), Patrícia Gomes Soares (inspetora de alunos) e Ení Fátima dos Santos (Assistente de atividades educacionais);
Segmento dos professores: Joelma Dias Brandão, Luzia da Silva, Lucilene Gomes Cunha, Fernanda Aparecida Bomfim Cavallini e Osmarina Gonzaga Ribeiro.
18 - Referências
BRINHOSA, Mário Cesar. Histórico da Proposta. Proposta Curricular de Santa Catarina/Secretária de Estado da Educação,1989.
CARDOSO, Jarbas José.Gestão Compartilhada: uma forma participativa e democrática de gerir a escola e seu projeto pedagógico. In.:Revista
AMAE educando, ano XXX, nº 268, jun. , l997.
CARDOSO, Jarbas José. Gestão Compartilhada da Educação: a experiência catarinense. In.: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos,v. 76,nº 182/183, jan./ago., l995.
FUSARI, José Cerchi. O planejamento escolar não é um ritual burocrático. Revista sala de aula, 1994.
GANDIN, Danilo. Projetos educativos institucionais: instrumentos de intervenção para a construção de novas realidades. In.:IX Simpósio Catarinense de Administração da Educação. Lages-SC, 6 a 10 de outubro,l997.
SAVIANI, Dermeval. Algumas tarefas urgentes necessárias. Editora UNIMEP. Revista IMPULSO, ano 6, n 12, 1993.
WITTMANN,Lauro Carlos & CARDOSO, Jarbas José(Org.). Gestão compartilhada na escola pública: o especialista na construção do fazer saber fazer. Florianópolis: AAESC/ANPAE-Sul,l993.
COLL, C. Aprendizagem escolar e construção do pensamento. Porto Alegre. Artes Médicas 1994
GUILHERME, Mellor uma escola para o futuro – Revista “ – Isto é”- 15/10/97
PARÂMETROS Curriculares Nacionais – Brantec MEC/SEF – 1997.
http://www.al.ms.gov.br/DesktopModules/Noticias/ImprimeNoticias.aspx?tabid=56&mid=369&ItemID=36458&ctl=Print&dnnprintmode=true&SkinSrc=[G]Skins%2F_default%2FNo+Skin&ContainerSrc=[G]Containers%2F_default%2FNo+Container
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/consciencianegra/home.html
http://www.pc.ms.gov.br/index.php?templat=vis&site=160&id_comp=1994&id_reg=4646&voltar=lista&site_reg=160&id_comp_orig=1994
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm
http://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/2012/09/21/internas_educacao,318858/cai-numero-de-jovens-que-frequentam-a-escola-aponta-ibge.shtml
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-escola-como-evitar-610519.shtml